A atriz Denise Fraga lamentou em suas redes sociais nesta quarta-feira (8) a morte de sua mãe, Wilma Fraga, aos 83 anos. A mãe da artista sofria de enfisema pulmonar, uma doença crônica e degenerativa que afeta os pulmões, comprometendo a capacidade respiratória. A matriarca estava há cerca de seis meses em tratamento paliativo.
"Depois de muitos ensaios de despedida, a mulher da minha vida faz finalmente a sua estreia como estrela. Prepare-se para tamanho brilho", escreveu a atriz na legenda de um story em seu Instagram.
EM MEMÓRIA
Denise já havia falado sobre o estado de saúde da mãe em setembro de 2024, em um texto de memória. "Não deixa de ir ao teatro, de ver um show, de fazer passeios quase impossíveis para a sua condição de cadeirante com doença pulmonar grave. Ela mesma diz: se eu não sair, prefiro morrer. Minha mãe se salva nas plateias. Seu enfisema avança, mas seu corpo quer viver. Em suas últimas internações, chorei despedidas e a Bela Adormecida veio me abraçar novamente", disse ela na ocasião.
BRINCADEIRAS DE MÃE E FILHA
Ainda na ocasião, a artista relembrou sua infância com a mãe e as brincadeiras que marcaram sua memória. Entre elas, quando Wilma se fingia de morta para assustar os filhos e, no fim, acabava gargalhando com as reações das crianças.
"Minha mãe se fingia de morta. Éramos crianças. Chamávamos por ela, e ela continuava ali, inerte, no sofá. Quando estávamos prestes a chorar, ela acordava com uma gargalhada, rompendo com o nosso possível desespero. Fomos nos acostumando com a brincadeira. De péssimo gosto, eu sei. Mas, na época, eu não sabia nem o que era gosto. Acabava achando divertido. Ou achava que devia achar. E o alívio que eu sentia ao ouvir a gargalhada era realmente um prazer. Na minha memória, ficou mais o alívio do que o desespero", lembrou.
ESTADO DE SAÚDE
Na época, Fraga também escreveu sobre o estado de saúde da mãe, que precisou passar por diversas internações. Mas, ainda assim, pediu para não ser mantida viva artificialmente. "Nesses últimos tempos, tenho me lembrado muito da brincadeira. Precisou ser internada por duas vezes em um mês e meio. Como era de se esperar, tem um enfisema grave. Nas duas vezes, quase foi intubada e, nessa última, fomos chamados para decidir se sim ou se não. Com todas as comorbidades que ela tem, dificilmente sairia do tubo. Ela já tinha nos dito, várias vezes, que não queria ser mantida viva artificialmente. Dura decisão. Tiveram início os cuidados paliativos", finalizou.