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De volta ao funk,Perlla relembra traição, fala de fé e concorrência

“Antes era apenas eu, agora tem um monte“, declarou

Minutos antes de entrar no estúdio, Perlla avisa que está ansiosa. “Se não fosse a meia, estaria lascada. Fiquei com uma perna de boneca”, brinca referindo-se à atual forma física. Mas é só o fotógrafo começar os cliques para a cantora, hoje com 28 anos, relaxar e entrar no clima. O ensaio marca um período de mudança, com o seu retorno ao funk após sete anos no mercado gospel.

“Antes era apenas eu, agora tem um monte. Não vou fazer o que todo mundo faz, sempre tive personalidade. Me perguntaram se eu sabia fazer o quadradinho, não sei, mas também não é o meu perfil. Venho com uma proposta diferente de dança. Tenho um lado sensual, mas tudo tem um limite”, avisa ela, que chegou para o ensaio com um staff de cinco pessoas, incluindo dois empresários, maquiador, figurinista e uma assistente.

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Perlla diz estar mais madura pessoal e artisticamente, e lembra que passou por momentos difíceis no passado antes de decidir dar um novo rumo à carreira. “Minha vida era muito exposta, meus relacionamentos. Parecia que eu mudava de namorado como de roupa. Isso me deixava chateada. Chorava muito. A minha vontade era de esganar porque não era verdade. Hoje, deixo falarem”.

O ápice do tal falatório a que Perlla se refere foi o bafônico término do noivado com o então jogador do Flamengo Léo Moura, em 2009. A pulada de cerca pública do atleta culminou no nascimento da sua primeira filha Isabella, com a atual mulher, Camila, e numa lavagem de roupa suja diante dos olhos do público.

“Foi um baque. As pessoas não têm noção de como isso afeta avida de uma pessoa. Era noiva dele, ficou chato para a outra parte. Sempre tive minha carreira, minha vida e as pessoas só falavam disso, descartando tudo que construí. Ficava mal e afetava o profissional, não queria sair de casa. Tive vergonha, foi uma traição escrachada. Naquele momento, queria ficar sozinha. E todo mundo só falava disso”. recorda.

Casada há cinco anos com o músico Cássio Castilhol e mãe de Pérola, 5, e Pietra, 4, Perlla conta que o marido a ajudou a encontrar o equilíbrio dentro desse turbilhão. “Ele é ótimo pai, prepara mamadeira, dá banho nas filhas se precisar”, elogia. A decisão de voltar ao funk foi tomada em conjunto pelos dois: “Precisei passar muita segurança. A gente está junto, tendo o cara gritando gostosa ou ninguém falando nada. O cara vai gritar, mas quem vai dormir comigo é o meu marido”.

Perlla afirma ter, enfim, aprendido a separar seu trabalho da religião. Após ser criticada por um post antigo de apoio a Marco Feliciano, que resultou num pedido de desculpas ao público gay, ela revela ter resolvido um dilema por não saber separar a fé do ritmo que corre nas suas veias: “Amadureci muito no gospel, precisava desse tempo, mas minha carreira no funk sempre esteve ali. Hoje consigo dividir a fé da música”.

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