A equipe de reportagem teve acesso com exclusividade ao prontuário do Detran que mostra a situação da carteira de habilitação de Renner. Diferente do que foi divulgado anteriormente, o cantor soma 512 pontos por causa de 108 multas, a maioria por excesso de velocidade.
Mesmo com a carteira de motorista cassada, o cantor se envolveu em um acidente na manhã de sexta-feira, dia 26, na Avenida Pedro Bueno, altura do número 2000, no Jabaquara, zona Sul de São Paulo.
Segundo a polícia, o sertanejo, que dirigia uma BMW X5, bateu na traseira de um carro, um Fiat Uno, que ficou prensado contra um poste. Após realizar o teste do bafômetro, foi constatado três vezes mais álcool no sangue que o permitido. Uma garrafa de cerveja também foi encontrada no veículo. Ele estava acompanhado de um morador de rua, com quem teria ido beber cachaça antes do acidente. Os dois teriam se conhecido horas antes no Guarujá.
O caso foi apresentado no 27° Distrito Policial.
Renner estava com a carteira vencida há quatro anos e pagou R$ 10 mil de fiança para ser liberado. Ele deverá responder por embriaguez ao volante e tentativa de fuga.
Visivelmente alterado, o sertanejo disse que tomou "velódica" (vodka) antes do acidente.
Histórico
Essa não é a primeira vez que Renner se envolve em um acidente. Em 2001, o cantor fez uma ultrapassagem proibida na altura do Km 144 da Rodovia Estadual Luís de Queirós (SP-304), que liga Piracicaba a São Paulo, e acabou causando um desastre. Na ocasião, duas pessoas que vinham no sentido oposto em uma moto acabaram sendo atingidas em cheio pelo carro do cantor que estava em alta velocidade e morreram na hora. As vítimas foram o engenheiro químico Luís Antônio Nunes Acetto, de 35 anos, e a namorada dele, Eveline Soares Rossi, de 31.
Desde a data do acidente até julho de 2004, ele já havia levado 21 multas por excesso de velocidade, demonstrando que não mudou seu comportamento após a tragédia que tirou a vida do casal.
Renner foi condenado a pagar 2 mil salários mínimos (valor que corrigido já estaria perto de R$ 5 milhões). As famílias das vítimas só teriam recebido cerca de R$ 300 mil até hoje e, por esse motivo, pediram o bloqueio dos bens do sertanejo em agosto deste ano.