Aconteceu na noite desta sexta-feira (06) no Teresina Hall na capital, os shows do Beat Fest, com a presença de três grandes nomes da cena trap nacional, os cearenses Matuê e Wiu e o baiano Teto, eles entregaram carisma, música, e muito talento, proporcionando ao público uma experiência única com a marca da Kalor Produções.
sobre os três cantores
Teto nasceu em Jacobina, interior da Bahia, alcançou os holofotes no auge da pandemia, mesmo sem shows e sem oportunidades viu seu nome ganhar projeção ao fazer lives mostrando suas músicas. O sucesso foi tão estrondoso que fugiu do controle. Trechos das "prévias" — como as músicas ficaram conhecidas, pois ainda não foram lançadas oficialmente — que ele cantava em seu instagram, já acumulavam milhões de visualizações em vídeos publicados em canais que não pertenciam ao rapper, a explosão foi tanta que ele chamou atenção de grandes produtoras do ramo, o que fez sua carreira deslanchar.
A primeira vez no Piauí, Teto falou com a Tv Meio e revelou sua felicidade em estar aqui. "Po mano muito feliz, primeira vez aqui, levando nosso movimento, a minha arte, a minha galera, pode ver que a casa tá cheia, galera se entregando e participando, nossa, show, muito gratificante, então Teresina obrigado pela força, você aí que se entregou no nosso show, foi dahora pra caramba", disse ele.
Sobre a cena do trap nacional, Teto falou. "A gente vem tendo uma ascenção muito dahora, todo nosso movimento, e esse é o momento da gente mostrar a nossa força como profissional, como artistas também sabe, e eu tenho me empenhado cada vez mais, porque agora eu estou trabalhando num álbum que acredito eu que vai somar muito na cena do que a gente tem a contar, e eu acho que a galera se identificou porque é muito real, o sentimento que transmite, a vitória, o sonho, a persistência", finalizou ele.
WIU, nascido em Fortaleza em 2003, começou a se interessar por rap e música eletrônica através de trilhas sonoras de jogos como GTA e FIFA Street. Na escola, aprimorou suas habilidades em batalhas de rima e, aos 14 anos, lançou seu primeiro projeto, Trvpical Mixtape, no SoundCloud e YouTube, sob o nome W$LL. Apesar da pouca visibilidade, começou a chamar a atenção dos fãs de trap. Em 2019, após interações nas redes sociais, firmou parceria com Matuê e ingressou no selo 30PRAUM.
O artista foi co-produtor de seis faixas do álbum Máquina do Tempo, de Matuê, que dominou o Top 15 do Spotify Brasil em 2020. Em 2022, colaborou com Matuê e Teto na faixa VAMPiro, que alcançou o topo do Spotify Brasil e acumulou mais de 90 milhões de visualizações no YouTube. O trio também apresentou o hit no palco Supernova do Rock in Rio 2022.
Para nossa reportagem ele falou da primeira vez na cidade e sua relação com o trap nacional. "Beleza, da hora, confraternizando com vocês. Primeira vez já foi recebido assim, pensando, né, acreditando, queria sair do palco no momento em que eu pudesse voltar a fazer de novo." Sobre seu crescimento na música, Wiu disse.
"Eu acabei de lançar um album chamado Vagabundo, que eu curti. O cara tá curtindo mais cada vez. Mais show que eu vou, a galera tá cantando a letra mais decorada. Eu passo um mês agora sem fazer show, fiz uma sua cirurgia, pá. o outro nariz para minha voz estava respirando muito mal, já estava na estrada há dois anos, então estou de volta agora, renovadão, com a música nova, fico feliz demais de chegar em Teresina e tá todo mundo cantando", contou ele.
Matuê, o rapper cearense, nascido em Fortaleza, apostou no trap em uma época em que o subgênero do hip-hop ainda era bastante internacional e pouco difundido no Brasil. Seja pelo modo como conduziu sua carreira ou pela demanda do público por novidades, Matuê conquistou a atenção dos ouvintes e impactou o cenário musical.
Em 2023, ele lançou Conexões de Máfia, que rapidamente se tornou uma das canções mais populares do ano no país. O selo 30praum, do qual ele é fundador, já organiza festivais, nos quais Matuê é frequentemente a atração principal ou amplamente aclamado, com destaque em eventos como o Lollapalooza e o Rock in Rio.
Em entrevista, Matuê lembrou que já é de casa em Teresina, ou seja, ele já veio em outras oportunidades à capital. "Porra, eu tenho um carinho muito grande por Teresina, né? O primeiro show que eu fiz fora do estado foi aqui. Na época era outra realidade, a cena era muito menor. Era um esquema bem underground mesmo. Eu acabei vindo só eu e o meu DJ. Então, é muito massa que numa época que eu fazia show só na minha cidade ali, né? Poucas pessoas ainda eu conhecia ou acreditava que foi o primeiro lugar. Então, fica aí esse dia especial com a rapaziada", iniciou.
O rapper sempre defendeu a bandeira nordetina, tanto na sua música como em seus projetos e falou sobre essa representatividade. "Bom, eu faço isso... como a minha missão, sempre foi a minha pretensão. Eu nasci ligado em Fortaleza, para quem não estava ligado, e sempre busco representar Fortaleza nas minhas letras. O Nordeste em si, a gente trabalha mais com artistas do Nordeste mesmo, a gente tem esse foco, porque a gente acredita que tem algo muito especial aqui falando de som, de cultura, de música, e a gente quer sempre garantir nosso espaço ali dentro da cena, dentro da música, e mostrar que o Nordeste é... Cabo macho mesmo, bicho bravo", disse o artista.
Sobre o suspense que o cantor vem fazendo sobre seu novo albúm ele revelou. "Ah, bom, eu acho que é uma evolução musical, eu acho que esse é o ponto mais chave desse disco, esse disco é sobre amadurecimento, você vai ver que ao longo do disco, do começo ao fim, você vê a mudança ali. os temas, ver como foi esse meu desenvolvimento aí desde o início da criação do disco até concluir o 333 ali, a última música, né? Mas acho que falando de som mesmo, a galera vai ouvir um som foda", prometeu ele.
Um dos pontos altos do show foi na última apresentação de Wiu onde Matuê entrou no palco e ajudou na execução da música “tenho que me decidir” o público foi ao delírio, apesar de fazerem parte da mesmo produtora 30 por 1, no show em Teresina, não tinha previsao de que Matuê entrasse, o que foi o ápice da noite.