Stories de Alok no Instagram após o acidente em 2018 |
Reprodução/Alok/Instagram
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu a investigação sobre o incidente envolvendo o avião de Alok, que saiu da pista durante a decolagem em 2018, no aeroporto de Juiz de Fora, em Minas Gerais. A aeronave levava dois pilotos e sete passageiros. O DJ seguiria para Belém do Pará quando o jato perdeu o controle ainda no início do voo. Apesar do susto e de um início de incêndio na área de mata, ninguém ficou ferido.
Stories de Alok no Instagram após o acidente em 2018 — Foto: Reprodução/Alok/Instagram
Segundo o relatório obtido pelo UOL, a tripulação havia sido informada de que apenas quatro passageiros embarcariam. Os outros três entraram na aeronave sem aviso prévio, quando os pilotos já tinham configurado o sistema de gerenciamento de voo. Mesmo sem atualizar as informações, a equipe iniciou a decolagem, o que contribuiu para o incidente.
Com os passageiros extras, o avião ultrapassou o peso máximo indicado pelo fabricante. O limite era de 9.072 quilos, mas a aeronave estaria cerca de 175 quilos acima desse valor. A diferença afetou diretamente o desempenho do jato na corrida de decolagem.
Avião que transportava DJ Alok saiu da pista em 2018 em Juiz de Fora — Foto: Reprodução/TV Integração
O relatório também destaca que os pilotos ignoraram duas vezes a luz de “NO TAKEOFF” no painel (em português, "NÃO DECOLAR") é um aviso crítico de segurança em uma aeronave que indica que o avião não está configurado corretamente para uma decolagem segura.
“NO TAKEOFF” no painel (em português, "NÃO DECOLAR". Foto: Reprodução/Aviation WeekO Cenipa aponta que, no dia anterior, eles já haviam decolado com o mesmo alerta aceso, o que pode ter criado a falsa ideia de que o aviso não representava um risco significativo. Um dos pilotos era freelancer e esperava ser contratado pela empresa, o que, segundo a análise, pode ter influenciado sua decisão de seguir com a decolagem mesmo diante do alerta.
A equipe ainda teria demorado para abortar o procedimento, aumentando as chances de perda de controle da aeronave. Para o Cenipa, essa hesitação afetou diretamente o comportamento do avião após a tentativa de cancelar a decolagem.