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A atriz Ashley Judd emocionou o público presente na conferência Women in the World, realizada em Nova York, ao revelar ter decidido fazer um aborto após ser estuprada quando soube que teria de dividir a guarda com o abusador caso seu filho nascesse. “Eu gostaria de falar sobre a minha experiência com aborto, porque como todos sabem eu sou muito aberta em relação a isso, sendo sobrevivente de três estupros”, afirmou a artista durante sua fala, noticiada pelo jornal Daily Mail.
Ela continuou: “Em uma das vezes em que fui estuprada houve a concepção e sou muito grata ao direito pelo acesso seguro e legal ao aborto, porque o estuprador, do Kentucky, assim como eu, tem o direito à paternidade no meu estado”
Ashley Judd e Harvey Weinstein (Foto: Getty Images)
“Ter tido acesso ao aborto legal e seguro foi pessoalmente muito importante para mim. A democracia começa com a sua própria pele e ninguém deveria regular o que fazemos com o nosso corpo”, afirmou.
A fala de Judd ocorreu em meio a um momento de debates crescentes nos Estados Unidos em relação ao direito ao aborto legal no país. No estado de Ohio vem sendo analisado um projeto de lei que propõe tornar o aborto ilegal após a sexta semana de gestação.
Ashley Judd tem sido voz ativa em na luta contra a cultura do estupro nos Estados Unidos após tornar público em 2015 ter sido vítima de assédio durante anos de um produtor de cinema de Hollywood. Depois, em 2017, ela revelou que o empresário em questão era Harvey Weinstein, um dos nomes mais importantes da indústria cinematográfica nas últimas décadas e alvo de várias outras acusações semelhantes.
Em seus relatos, Judd disse que em 1996 ela foi forçada por Weinstein a assistí-lo tomando banho e depois massageá-lo. Depois, ele a forçou a andar de mãos dadas com ele em uma festa pós-Oscar. Em seus relatos a atriz disse ter perdido várias oportunidades de trabalho em Hollywood por fugir dos ataques do produtor.
Ashley Judd