Conhecido do grande público pelos trabalhos no canal "Porta dos Fundos" e no seriado "Vai que cola", o ator Luis Lobianco passou por uma saia justa no final de semana. Em cartaz no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, com o espetáculo "Gisberta", ele foi alvo de protestos de transgêneros durante os dois dias de apresentação. Uma situação parecida já havia acontecido em Belo Horizonte. A comunidade trans alega que o monólogo deveria ser encenado por uma atriz transexual, e não por um "trans fake".
Lobianco, que está na Bahia gravando a novela "O segundo sol", se pronunciou em suas redes sociais sobre os ataques: "Jogaram até cartaz em cima de mim enquanto a cortina se fechava. Chamaram meus convidados de assassinos, o público de criminoso e me impediram de falar com as pessoas no fim".
O ator relata que, mesmo as convidadas trans que acompanhavam a encenação, foram atacadas: "Foram xingadas de 'trans transfóbica'. Mas quanto mais o ódio da militância radical trans mostrava a sua cara tomando a primeira fila no fim da peça, mais o teatro lotado aplaudia com mão forte e gritava bravo, e mais as LGBTs aliadas batiam cabelo comigo, na resistência, no amor", relata.
Para Luis Lobianco, gay assumido, o pior de tudo foi ver os ataques acontecerem em um lugar como o Rival, que sempre abriu espaço para as manifestações de artistas LGBT, como mostra o filme "Divinas Divas", dirigida por Leandra Leal, atual administradora do teatro.
"Ofender o público do Rival, que tiro no pé! Tantos anos de luta para avançar na conscientização sobre LGBTs e, num dia de inconsequência e incoerência total, tudo ali em risco. Afastamento e antipatia". E finalizou: "Que feio pra vocês, que lindo o teatro".