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Apresentador Valério Luiz "morreu porque era jornalista", diz promotora

Maurício Sampaio, dirigente do Atlético-GO, é considerado mandante do crime; dez anos depois, investigados vão à juri hoje

O júri popular dos acusados de matar o jornalista esportivo Valério Luiz em Goiás começa hoje (13), em Goiânia. O apresentador esportivo foi executado com seis tiros à queima roupa. A polícia acredita que Maurício Sampaio, dirigente do Atlético-GO e à época, vice-presidente do clube, seria o mandante do crime. 

O plano teria sido colocado em prática por dois policiais que faziam a segurança do cartola informalmente, o sargento Djalma da Silva e o cabo Ademá Figuerêdo.

O apresentador esportivo foi assassinado com seis tiros á queima roupa e o que motivou sua execução foi o fato dele ser "jornalista"

Falas do apresentador

Urbano Malta, uma espécie de faz-tudo do dirigente, e Marcos Vinícius Pereira Xavier, um informante da polícia, também estariam envolvidos. Além de trabalhar como comentarista de um programa da PUC TV, ele também apresentava um programa no rádio, onde não poupava críticas ao Atlético, seu time do coração. A equipe estava na lanterna do Campeonato Brasileiro, e após uma 'debandada' de membros da diretoria, ele disse, no ar:

"Você pode olhar em filme de aventura, quando o barco tá enchendo de água, os ratos são os primeiros a pular fora."

Após comentários sobre o time de futebol Atlético, o jornalista foi proibido de assistir aos jogos e foi considerado persona no grata em carta assinada pelo prsidete do clube

O clube proibiu a entrada dos repórteres que trabalhavam com Valério Luiz, e ainda o declarou uma persona no grata em carta assinada por Maurício Sampaio. Duas semanas depois, o radialista foi assassinado ao sair do trabalho.

Os acusados do crime contra o apresentador esportivo, que irão a júri popular

Investigação

Marcus Vinícius é apontado como uma peça-chave para a polícia. Ele chegou a prestar quatro depoimentos diferentes e saiu do país sem informar à Justiça. Em 2014, entrou na lista dos mais procurados pela Interpol, preso e extraditado. Ele aponta que o sargento Djalma Dutra teria sido o articulador do crime. Coube a Marcos, arrumar uma moto, uma capacete e ma camiseta para o crime. Ademá Figuerêdo teria disparado os tiros.

Marcos, que foi o único a confessar a participação no crime, também indicou que o assassinato teria sido encomendado pelo "patrão do Urbano", Maurício Sampaio, hoje conselheiro do Atlético-GO. Em 2013, os investigados chegaram a ser presos por 90 dias, mas desde então, aguardam julgamento em liberdade.