O jornalista americano Larry King morreu neste sábado (23), aos 87 anos, em decorrência do novo coronavírus Sars-CoV-2, informou seu perfil oficial no Twitter.
“É com profundo pesar que a Ora Media anuncia a morte de nosso co-fundador, apresentador e amigo Larry King, que morreu nesta manhã aos 87 anos no hospital Cedar-Sinai de Los Angeles”, diz o comunicado.
King estava internado desde o início de janeiro por conta de complicações da Covid-19. O apresentador tinha diabetes tipo 2, um dos fatores de risco para a doença, e havia retirado um câncer de pulmão em 2017.
A data e local do funeral serão anunciados posteriormente após decisão da família King, que pede por privacidade, segundo a nota.
Nascido em Nova York em 19 de novembro de 1933, Lawrence Harvey Zeiger mudou seu nome para Larry King no início de sua carreira como locutor de rádio na Flórida no final dos anos 1950. Ao longo dos anos, ele entrevistou mais de 50 mil pessoas famosas em todas as áreas, incluindo política, cinema e música.
“Larry sempre viu seus entrevistados como verdadeiras estrelas de seus programas, e ele mesmo como um canal imparcial entre o convidado e o público”, disse sua produtora, Ora Media.
Segundo o comunicado, “se ele estava entrevistando um presidente dos EUA, líder estrangeiro, celebridade, personagem cheio de escândalos, ou um homem comum, Larry gostava de fazer perguntas curtas, diretas e descomplicadas”.
Com as mangas da camisa enroladas, gravatas coloridas, suspensórios e óculos grandes, ele liderou o tradicional programa de entrevistas “Larry King Live”, na CNN americana, por 25 anos.
Nesse período, King entrevistou todos os presidentes dos Estados Unidos a partir de Richard Nixon, líderes mundiais como Yasser Arafat e Vladimir Putin, celebridades como Frank Sinatra, Marlon Brando e Barbra Streisand. Em 2007, inclusive, conseguiu reunir os dois últimos Beatles, Ringo e Paul.
“Entrevistas de Larrys em sua temporada de 25 anos no programa ‘Larry King Live’ da CNN, e seus programas Ora Media ‘Larry King Now’ e ‘Politicagem com Larry King’ são constantemente referenciados pelos meios de comunicação em todo o mundo e permanecem como parte do registro histórico do final do século 20 e início do século 21”, enfatiza o texto. (ANSA)