A apresentadora Patrícia Abravanel mandou muito mal nesta semana ao dizer que é contra "falar que homossexualismo (sic) é normal".
Usar a palavra homossexualismo e tratar a orientação sexual como se fosse doença, em pleno ano de 2016, são desserviços. Como formadora de opinião, vocalizar esse tipo de preconceito foi uma irresponsabilidade.
Tivesse Patrícia assistido à marcante entrevista de Hebe Camargo, no programa Roda Viva, em agosto de 1987, a herdeira do império de Sílvio Santos teria tido uma lição de tolerância e respeito à diversidade.
Quase 30 anos atrás, antes mesmo de a OMS retirar homossexualismo da lista internacional de doenças, Hebe foi categórica ao defender a comunidade LGBT: "Por que não defender [os gays]? Eles são piores que a gente? Eles escolheram ser assim? Eles são seres humanos iguais a gente. Têm pais, têm irmãos, trabalham, pagam seus impostos."
À questão do entrevistador, que quer saber de Hebe se ela estaria "proliferando" homossexuais por apoiá-los, a apresentadora prontamente rebate: "Meu queridinho, o fato de eu falar não vai mudar. Ou as pessoas nascem assim ou não nascem. Não é 'Hebe Camargo falou, e eu vou ser'."