A Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania abriu um procedimento administrativo para apurar o conteúdo dos áudios racistas atribuídos a Ana Paula Minerato. O conteúdo, que viralizou na web desde o último domingo, rendeu algumas perdas à modelo, como o posto de rainha de bateria e o contrato com a Band.
DETALHES DO PROCESSO
Segundo a pasta, o processo foi aberto ainda nesta segunda-feira (25) pela Ouvidoria da Coordenadoria de Políticas para a População Negra (CPPN), que "notificará as partes envolvidas, garantindo o direito de apresentação de defesa preliminar".
O processo instaurado contra a modelo é de natureza administrativa e tem como fundamento a Lei Estadual 14.187/2010, sancionada pelo então governador Alberto Goldman (1937/2019), que regulamenta os processos administrativos por discriminação racial em São Paulo. A pena que a ex-apresentadora pode enfrentar vai de advertência a multa. O valor da penalidade varia de R$ 17.680,00 a R$ 106.080,00.
GAVIÕES DA FIEL DESLIGA MODELO
Após a divulgação de um áudio, supostamente contendo declarações preconceituosas e creditado a Minerato, a escola de samba anunciou por meio de nota oficial o afastamento da influenciadora de qualquer função ou representação associada aos Gaviões. De acordo com o comunicado, a decisão foi tomada devido a "condutas incompatíveis com os valores e princípios defendidos pela escola, incluindo manifestações de cunho racista".
DEMITIDA DA BAND
Ana Paula Minerato foi demitida da Band após o vazamento de um áudio com falas racistas contra a cantora Ananda, vocalista do grupo Melanina Carioca. Em nota divulgada nesta segunda-feira (25), a emissora disse repudiar “veementemente qualquer forma de racismo, discriminação ou preconceito”.
‘’As declarações de Ana Paula Minerato, mesmo sendo de cunho pessoal, não estão alinhadas com os valores e diretrizes da emissora. Por esse motivo, a colaboradora foi desligada da empresa”, diz o comunicado.