Quando estava na escola, Aline Dahlen era o tipo de aluna CDF. Sentava nas primeiras carteiras, prestava tenção às aulas, fazia anotações e invariavelmente era sacaneada pelos colegas da turma. "Toda hora tinha alguém me chamando e dizendo que meu nariz estava sujo para desviar meu foco. Ficava achando que estava, saía, ia ao banheiro e nada. Sofri o que hoje se chama de bullying", lembra ela, que é a estrela do Paparazzo que vai ao ar neste sábado, 29.
A ex-BBB, no entanto, orgulha-se do estilo nerd que adotou na adolescência. "Sempre gostei de estudar, de ter boas notas. Achava todo o resto muito fútil", justifica-se. Aline, porém, teve seu momento de rebeldia, e aos 18 anos saiu de casa, em Porto Alegre, onde vivia com a mãe, para morar em Salvador. "Queria ser loira, morena, ruiva até negra do Tchan! Fiz dança muito tempo, sabia todas as coroegrafias de cor", revela.
Atrás de seu sonho de requebrar ao som da banda e ficar famosa no cenário nacional, Aline usou toda a sua desenvoltura corporal e uma boa dose de cara de pau para se tornar professora de academia. "Primeiro tentei ser professora de axé, mas não tinha vaga. Depois, me ofereceram a vaga de professora de dança do ventre. Nunca tinha dado uma aula disso na vida, mas sabia todos os movimentos. Fiz um teste e passei. Dei aulas para a Claudia Leitte e Scheila Carvalho, na época".
Os testes para integrar a banda baiana aconteceram, mas Aline não passou. Mas, como circulava pelos shows de axé na cidade, conseguiu uma vaguinha para dançar com Beto Jamaica quando ele saiu do É o tchan!. "Era daquelas que ficava na frente do palco fazendo todas as dancinhas, queria aparecer mesmo. Aí um dia me chamaram para dançar com o Beto. Ele estava lançando a música "Reboladeira". Fiz vários programas de TV com ele", conta ela, que também dançou e foi backing de Netinho. "Mas não durou muito tempo porque minha mãe me intimou a voltar para casa, e achei que já estava na hora mesmo".