O advogado Ércio Quaresma, que defendeu o goleiro Bruno Fernandes no início do processo sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, foi internado no hospital Raul Soares com forte crise de abstinência. A Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais) confirmou que o advogado deu entrada no hospital no fim da tarde de segunda-feira (21), mas que nesta terça-feira (22) foi transferido para um outro hospital.
Em entrevista ao programa Balanço Geral, da Record Minas, do dia 16 de novembro de 2010, ele confessou que era viciado em crack há oito anos, mas que não temia perder sua credibilidade.
A reportagem do R7 não conseguiu contato com Quaresma nem com algum representante de seu escritório de advocacia.
Prisão
Em 2009, o advogado chegou a ser preso com pedras de crack escondidas na boca em uma favela de Belo Horizonte. Na entrevista à emissora mineira, ele contou que há um ano e meio buscou ajuda profissional especializada para se livrar do vício, mas nesse período teve três recaídas.
Durante toda a investigação sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, o advogado ficou no centro de polêmicas por causa de várias declarações.
Ele teve diversas discussões com os policiais responsáveis pelas investigações e, nas audiências judiciais, chegou a ser advertido por Marixa por dormir e roncar no Tribunal do Júri do fórum de Contagem, na região metropolitana da capital mineira, enquanto seu cliente prestava depoimento.
A OAB-MG (Ordem dos Advogados do Brasil) suspendeu por 90 dias o ex-advogado de Bruno, Ércio Quaresma, no final de novembro.
Ex-policial na década de 1980, o advogado de 46 anos chegou a concorrer como candidato ao governo de Minas Gerais em 1994 e gosta de contar que trabalhou em outros casos de repercussão nacional - o assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang e o massacre de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás, ambos no Pará.