A Justiça informou nesta terça-feira (7) que dois envolvidos no caso Rafael Mascarenhas fizeram acordo com o Ministério Público Estadual. Gabriel Henrique de Souza Ribeiro e Guilherme de Souza Bussamra irão pagar salários mínimos ou cestas básicas à Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR). A forma como vão ser feitos os pagamentos ainda não foi definida.
O estudante Rafael Mascarenhas, de 18 anos, filho da atriz Cissa Guimarães, morreu em 20 de julho, vítima de atropelamento no no Túnel Acústico, na Gávea, Zona Sul, na pista sentido Gávea.
No dia do acidente, Gabriel dirigia um Honda Civic e estaria, segundo a polícia, fazendo pega com o atropelador do filho de Cissa Guimarães. Além de pagar os dez salários, ele teve sua carteira de motorista suspensa pelo prazo de 1 ano.
Já Guilherme Bussamra, que teria participado da negociação de suborno com os policiais envolvidos, terá que pagar a metade do valor em dinheiro ou cestas básicas para mesma instituição, pois, de acordo com sua defesa, ele estaria residindo em São Paulo, o que lhe trouxe despesas, dificultando o pagamento do valor de dez salários.
Guilherme é irmão de Rafael Bussamra, que confessou ter atropelado o jovem. Ele foi indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra Rafael e também contra seu pai, seu irmão e seu amigo, Gabriel Ribeiro, que estava dirigindo outro carro no túnel.
Pedido de habeas corpus
Em novembro, o Tribunal de Justiça do Rio negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa dos policiais envolvidos no caso, Marcelo Bigon e Marcelo Leal..
Os policiais militares estão presos e já foram denunciados por corrupção passiva. De acordo com a denúncia do Ministério Público, os PMs teriam cobrado R$ 10 mil de propina para liberar o motorista Rafael Bussamra, que confessou ter atropelado o jovem, após o acidente. Os dois policiais negam as acusações.
Expulsão
A Polícia Militar confirmou que os policiais envolvidos no caso Rafael Mascarenhas serão expulsos da corporação. A decisão foi tomada no dia 5 de outubro pelo comandante geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, que levou em conta as provas que indiciam os acusados, entre elas a de obter vantagem pecuniária.