A pedido do Ministério Público de Minas Gerais, a polícia de Borda da Mata, no sul do Estado, prendeu o dono de um laticínio que distribuía leite contaminado para creches da cidade. Ele foi acusado de adicionar água oxigenada no leite, o que pode prolongar a data de validade do produto e reduzir o custo da fabricação.
A prefeitura só descobriu que o leite estava contaminado porque muitas crianças começaram a ter dores de barriga e, então, o governo decidiu investigar. Uma amostra do produto foi encaminhada para o Instituto de Tecnologia e Alimentos, de Campinas, no interior de São Paulo, e o primeiro laudo apontou a presença de peróxido de hidrogênio (água oxigenada).
No dia 20 de abril, a prefeitura, em caráter emergencial, suspendeu o contrato com a empresa e passou a receber o produto de outro laticínio.
A contraprova feita pelo instituto também apontou água oxigenada no leite. Com isso, o Ministério Público pediu a prisão do dono do laticínio na última segunda-feira (17). A polícia abriu inquérito para apurar o caso.
Na manhã de quarta-feira (19), agentes da Polícia Civil cumpriram um mandado de busca e apreensão no laticínio, que fica na zona rural da cidade, e também na residência do proprietário. Segundo a policia, na casa do empresário eles encontraram um papel, já rasgado, que continha informações sobre a adulteração.
O laticínio já presta serviço para a prefeitura há 5 anos. No último contrato o município recebia 4.000 litros de leite diariamente.