O comediante Rafinha Bastos, do "CQC", transformou em piadas para seu show de stand-up comedy as recentes críticas a seu trabalho. Em apresentação em Campinas, no interior de São Paulo, ele ironizou diversas vezes o fato de ser processado e repetiu algumas das piadas que foram consideradas polêmicas.
Logo ao abrir o show, na noite deste sábado (15), Rafinha agradeceu a casa cheia "para ajudar com os processos" e insinuou que não está recebendo apoio da Band, emissora que transmite o "CQC".
Um telão mostrou quem eram os apoiadores do show. "Vocês viram aqui no telão "apoio Band", comentou Rafinha. "Pelo menos a [Band] de Campinas. Se o pessoal de São Paulo sabe que Campinas está apoiando...", disse.
Na apresentação, ele repetiu a piada em que diz que os celulares da Nextel são utilizados por "putas e traficantes", acrescentando que "não é à toa que o garoto propaganda é o Fabio Assunção".
A operadora já havia declarado que "repudia manifestações que causem desconfortos em relação a qualquer pessoa". O ator afirmou o mesmo, em mensagem no Facebook.
Após os risos da plateia em Campinas, Rafinha comentou: "Acha que vou parar de fazer a piada? Tô cagando. Se é engraçado e riram, foda-se". E imitou alguém dizendo, com voz infantilizada: "Ah vou processar, processar, eu não cheiro cocaína".
"Isso é uma piada!", disse Rafinha.
PEDOFILIA
O comediante também ironizou a polêmica a respeito da declaração de que "comeria" a cantora Wanessa Camargo, que está grávida, e também o bebê dela.
Sem citar diretamente o episódio, Rafinha disse que o problema de jornais e revistas "descontextualizarem" suas piadas não era o fato de gerarem processos, mas de estragar o show, porque o público chega e diz "ah, tá, pedofilia agora, vai, já sei".
AMAPÁ
Ainda durante o show, o comediante disse que "foi descoberto" o caso de um menino que fuma 25 cigarros por dia no Amapá. "Eu entendo esse menino. Se eu tivesse nascido na porra do Amapá, eu faria o que pudesse para morrer o mais rápido possível", disse.
Logo depois dos risos, ele mesmo disse: "Mais um processo vem aí".