A Record está enxugando sua folha de pagamento em terras cariocas. Segundo o Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro, de 16 setembro até 20 de dezembro a emissora demitiu 246 funcionários, a maior parte deles do Recnov, central de dramaturgia do canal.
"Seguranças, motoristas, produtores e câmeras; os cortes atingiram todos os setores do Recnov", diz o presidente do sindicato, Miguel Walther Costa.
"Tudo começou quando iniciamos uma campanha trabalhista pelo fim do banco de horas na Record e pela volta do pagamento das horas extras. Eles estão demitindo como retaliação."
Segundo ele, as demissões atingiram o jornalismo local; 20 profissionais, entre jornalistas e radialistas, foram dispensados dias atrás.
Com o fim das edições locais do "Hoje em Dia", outros cortes virão em Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador.
Procurada, a Record, via assessoria de comunicação, diz que alguns setores do Recnov, como segurança e transporte, foram terceirizados, e outras pessoas, substituídas.
Diz ainda que, para atender à produção de dramaturgia, outras 60 pessoas foram contratadas no período. E questiona: "Quantas demissões a Folha fez no período?".
O jornal fechou 44 vagas de jornalistas nesse período.