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Disco póstumo de inéditas de Michael Jackson chega às lojas hoje

Este é o primeiro de uma série de dez discos, com gravações do cantor desconhecidas pelo público

Hoje é o dia do tão aguardado lançamento de "Michael", primeiro álbum póstumo de inéditas de Michael Jackson (1958-2009). Este é o primeiro de uma série de dez discos, com gravações do cantor desconhecidas pelo público, que devem chegar às lojas depois de sua morte. Após terem ido parar ilegalmente na internet, as dez faixas de "Michael" foram temporariamente disponibilizadas no site oficial do cantor, o www.michaeljackson.com.

"Muitas canções foram finalizadas por outros produtores. Não é um disco autêntico do Michael", criticou Joe Jackson, pai do cantor, em sua recente passagem por São Paulo. "Eles [a gravadora e a entidade que administra o patrimônio do astro] estão fazendo isso só para ganhar dinheiro", acrescentou o patriarca da família Jackson.

No disco, há desde sobras de estúdio da época de "Thriller" (1982) até parcerias que não decolaram. É o caso de "Hold My Hand", o primeiro "single", inicialmente gravado para o disco "Freedom" (2008), de Akon, com quem Michael fez um dueto. A faixa foi finalizada apenas em 2010.

A agitada "(I Can"t Make It) Another Day", composta por Lenny Kravitz, deveria ter sido lançada no último disco de inéditas de Michael Jackson, "Invincible" (2001). Felizmente, é esta versão que aparece em "Michael". Com Dave Grohl (ex-Nirvana) na bateria, é uma das mais energéticas do disco e lembra muito o Michael da fase "Dangerous" (1991). Assim como "Breaking News", faixa lançada promocionalmente pela Sony Music no mês passado.

Infelizmente, essas são exceções. No geral, o disco é repleto de canções desinspiradas, que nasceram para ficar na gaveta (um direito que todo artista deveria ter), e outras de produção sobrecarregada. Como "Monster", com 50 Cent, que é repleta de efeitos sonoros -como gritos e vidros quebrando. Aparentemente, para suprir a falta de acabamento deixada por Michael Jackson.

Se, como primeiro disco póstumo, este supostamente deveria reunir o que há de melhor de material inédito do Rei do Pop, é assustador imaginar o que está por vir.