Com a vantagem de arrancar os pelos pela raiz, sem a necessidade de deslocamento e sem sujeira, os depiladores elétricos diminuem o risco do surgimento dos indesejáveis pelinhos encravados. Em contrapartida, causam praticamente o mesmo nível de dor dos outros procedimentos depilatórios. Conheça, a seguir, mitos e verdades sobre o uso do equipamento de depilação.
Verdades
Depilação dura mais tempo: mulheres que têm pouco tempo livre se beneficiam com esse tipo de técnica. ?A depilação tende a durar em torno de três a quatro semanas, bem mais do que a realizada com lâmina?, afirma Estrela Dalva Baptista D´Aurea Machado, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Não causa coceiras: a técnica passa imune por um dos principais problemas relacionados às práticas de depilação feitas em casa: a alergia. ?Como o depilador tem pouco contato com a pele, dificilmente provoca coceiras, vermelhidões ou qualquer outro tipo de irritação?, esclarece Carla Bortoloto, dermatologista e professora da pós-graduação em Dermatologia pela Faculdade de Medicina Souza Marques. Apesar disso, após o procedimento, deve-se aplicar creme hidratante ou gel calmante que tenha como principio ativo mentol, ureia, azuleno ou cânfora para evitar o ressecamento da cútis.
Preço baixo: outro ponto positivo do aparelho elétrico reflete diretamente no bolso de quem usa o produto. Afinal, ele se torna mais barato que os demais procedimentos, pois há somente o investimento inicial, concretizado na hora da compra.
Mitos
Não causa dor: em algumas mulheres, ele pode causar dor intensa nas primeiras depilações. Além disso, se não for usado de forma correta, tende a quebrar o pelo, provocando foliculite - inflamação causada pelo crescimento de bactérias no folículo piloso, canal por onde sai o pelo.
Pode ser passado com rapidez: esses aparelhos não devem ser passados rapidamente e nem muito devagar para não machucar a pele e nem cortar o pelo pela metade. ?Além disso, a direção dos movimentos deve ser sempre oposta ao crescimento dos pelos para evitar o encravamento?, alerta Estrela.
Uso irrestrito: quando mal realizada, a depilação elétrica pode desencadear ainda um processo inflamatório que resulta na formação de manchas na pele. Por isso, vale a pena lembrar que é preciso saber também em quais partes do corpo ele é recomendado. ?O procedimento pode ser feito em todas as partes do corpo, mas deve-se ter cuidado especial nas áreas de dobras, devido ao risco de o aparelho ?beliscar? a pele. Mas, atualmente, existem muitos equipamentos no mercado que possuem adaptadores para as áreas mais sensíveis?, explica a dermatologista Estrela.
Pode ser compartilhado: jamais empreste o depilador elétrico para outra pessoa. ?Quando fazemos o uso coletivo aumentamos os riscos de proliferação das bactérias presentes na pele e da contaminação de possíveis doenças?, alerta Carla.