Rodrigo Faro, 38, despontava como galã de novelas da Globo. Mas queria mesmo virar apresentador de TV. Na emissora líder, recebeu "não" atrás de "não". Em 2008, ele foi para a Record substituir Márcio Garcia à frente do programa de auditório "O Melhor do Brasil". Puxador de audiência no canal, calcula receber mais de R$ 1 milhão por mês, com salário e merchandising.
Com origem no "showbiz" popular -foi da "boy band" Dominó-, cursou rádio e TV na Universidade de São Paulo, nos anos 90. "Cantava de terno vermelho e cabelo da Odete Roitman. E tendo aulas sobre Escola de Frankfurt. Eram dois mundos!" E ainda são.
Faro, "católico apostólico romano", recebeu a reportagem em seu camarim. Lá, mostrou recados de bênção do amigo e bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Honorilton Gonçalves, vice-presidente da Record, e uma gaveta de sutiãs com enchimento.
Faro diz se inspirar em Chacrinha e Silvio Santos. "Adorava ver o Chacrinha. Ele rompeu com o que vinha sendo feito. E se fantasiava! Às vezes estava de Carmen Miranda, de punk.
E Silvio Santos. Essa coisa de não ter vergonha de pagar mico... Tem que ser um cara popular. A classe mais alta também gosta, porque é cult."
Também declara se identificar com a classe C. "Eu vim da classe C. Minha mãe é professora. Meu pai morreu quando eu tinha 13 anos. Hoje a classe C é o pessoal da B que quebrou, e o da D que subiu. Consigo falar com eles porque sou sem frescura. Na Globo, falam "ai, é galã", mas nunca fiz questão do rótulo."