Uma pequena empresa dos Estados Unidos pretende lançar na próxima quarta-feria uma maneira de se preservar a memória e o legado das pessoas para a eternidade: clones digitais.
A Intellitar está prestes a lançar o software Virtual Eternity, que poderá criar uma espécie de clone digital para a posteridade. Segundo o CEO da empresa, Don Davidson, o principal conceito do lançamento é o legado e a preservação das pessoas de hoje. Com as tecnologias atuais, Davidson afirma poder criar um "legado vivo" para que, no futuro, familiares e amigos tenham uma forma de interação com um ente passado, conforme conta o site Huntsville Times.
"Nós queremos dar o dom da imortalidade para nossos usuários e dar às futuras gerações um sentido de conexão com suas raízes", afirma o CEO.
Os avatares são criados em pouco tempo; minutos para a imagem e de 3 a 4 horas para sintetizar voz, que não se trata de uma gravação da pessoa real. Dessa forma, os clones digitais podem responder a muitas perguntas no futuro e falar praticamente qualquer coisa, já que não dependerão de uma quantidade finita de frases gravadas.
O site PopSci mostra um rápido vídeo de uma interação com o avatar clone de Davidson, disponível pelo atalho tinyurl.com/33975yt.
As informações serão adicionadas ao avatar pelo próprio dono, é claro, mas isso pode ser feito aos poucos. As interações permitem que o clone responda, por exemplo, que não sabe uma determinada resposta a um pergunta feita. Esse fato produzirá um registro que será enviado ao usuário, que poderá adicionar esta informação ¿ ou outras que julgar interessantes ¿ a seu "legado vivo".
Mesmo assim, Davidson espera que sua criação tenha aplicações não somente para quem quer ser imortalizado. Ele acredita que a Virtual Eternity pode ser utilizada em jogos, redes sociais, treinamento empresarial e educação a distância.
Além disso, a Intellitar pretende possibilitar a compra de módulos especiais, chamados "Expert Brains". Com eles, os usuários poderão escolher habilidades especiais que desejam atribuir a seus clones. Parece que, pelo menos neste mundo, a ideia de Matrix ¿ de carregar módulos especiais de aprendizado conforme a necessidade ¿ começa a aparecer.