Envolta em fogos de artifício e mascarada, Claudia Leitte desceu de rapel no palco do Riocentro, na noite deste sábado (3), para estrear sua turnê Rhytmos. Com uma banda para lá de poderosa e um balé de coreografias ousadas ? o que incluía saltos mortais no palco ?, abriu com a canção As Máscaras, que dá nome ao segundo álbum de sua carreira solo, lançado no último mês. A música faz parte da trilha sonora oficial da Copa do Mundo da África do Sul, que foi assunto durante a apresentação.
Ainda sob impacto da eliminação brasileira na Copa do Mundo, Claudia Leitte ? que viu a triste derrota para a Holanda na última sexta (2) como convidada do programa Central da Copa (Globo) ? não deixou de comentar a derrota. Mas, como boa brasileira que é, também rememorou a eliminação de nossos hermanos argentinos, comandados por Diego Maradona.
Antes de conclamar a plateia a cantar a música Faz Um, uma verdadeira ode ao futebol que o Brasil não viu a seleção brasileira jogar, escrita por Carlinhos Brown, Claudia comentou a derrota dos hermanos por 4 a 0 para a Alemanha.
- Não achei que a Holanda tinha mais futebol assim que o Brasil. Fiquei triste com a nossa eliminação. Mas em compensação a Argentina tomou de 4. A gente não vai ver o Maradona nu [risos]. Gracias, muchachos. Hasta la vista!
A mulher do jogador Kaká, Caroline Celico, assistiu à apresentação de Claudia no camarote, ao lado de outras celebridades como a atriz Sthefany Brito, o jogador Vagner Love e o casal de apresentadores Luciano Huck e Angélica.
Antes de cantar o hit Famo$a, Claudia contou que Luciano Huck foi a primeira pessoa a escutar a canção.
- Mandei para Luciano pela internet, porque confio muito na sensibilidade musical dele e de Angélica. São meus amigos e meus consultores pessoais [risos].
Como o nome da turnê prenunciava, Claudia passeou por diversos ritmos durante a sua apresentação, que teve como ponto alto seu encontro com o cantor Belo, que fez aplaudido dueto com ela na levada romântica de Don Juan.
A cantora mesclou as canções de seu novo álbum a antigos sucessos ? incluindo aí pérolas da época do grupo Babado Novo. Pop, axé, romantismo, reggae, funk e rap tiveram seu espaço garantido. Uma homenagem a Chacrinha, o Velho Guerreiro, pareceu justificar o caráter tropicalista da nova fase da cantora, explícito no novo show.
Sem pudor, Claudia engole todas as referências e as transforma em sua nova música ? já bem distante dos tempos de menina brejeira do grupo Babado Novo. Alceu Neto, diretor de criação e designer gráfico do novo show de Claudia, lembra do nascimento da ideia.
- A turnê veio desse desejo de Claudia levar para o palco a diversidade rítmica e musical que abraça com sua música. Assim surgiu Rhytmos.
E é no abraço ao ecletismo que Claudia mergulha ao tentar explicar ao R7 seu atual momento musical.
- Sempre cantei de tudo. Para mim, não existe rótulo na música. Não existe essa bobeira de rixa entre axé, sertanejo, rock, pop... Uma boa música precisa ter verdade e essência. É isso que me toca e que me faz querer levá-la comigo.
O jornalista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite da Ciel Empreendimentos Artísticos.