O subsecretário de Defesa Civil e comandante geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Pedro Machado, disse na manhã desta quinta-feira que não deve haver sobreviventes do deslizamento que atingiu o morro do Bumba, em Viçoso Jardim, zona norte de Niterói. "Esse deslizamento é igual ao de Angra (dos Reis, onde, em apenas um soterramento, morreram 32 pessoas na virada de ano). Não acredito em sobreviventes. Muita pedra, terra e água deslizaram. Quem não morreu com o impacto, certamente pode ter morrido por sufocamento", disse Machado. As equipes de resgate conseguiram salvar 21 pessoas com vida no morro do Bumba, contudo, seis vítimas fatais foram encontradas no local. Segundo Machado, a estimativa é de que 200 pessoas estejam desaparecidas em meio aos escombros.
Sergio Cortes, secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, diz que, pela manhã, pôde ter ideia do tamanho do deslizamento. "Aqui, uma comunidade inteira foi atingida. Temos a informação de que uma igreja, uma pizzaria e um bar estão soterrados. Isso muda a nossa visão. A iluminação da manhã nos dá uma nova perspectiva nas buscas. Vou traçar juntamente com a secretária de Meio Ambiente medidas para enfrentarmos esse problema. Os bombeiros estavam em cima dos escombros e foram retirados (por causa do risco de deslizamento). É cada vez mais difícil esperar por sobreviventes", disse.
De acordo com balanço do Corpo de Bombeiros, pelo menos 153 pessoas morreram por causa das chuvas que atingem o Estado do Rio desde segunda-feira. O maior número de vítimas fatais está em Niterói (85). A cidade do Rio de Janeiro teve 48 óbitos por causa das chuvas, seguida de São Gonçalo (16). As cidades de Nilópolis, Paulo de Frontin, Petrópolis e Magé tiveram uma morte cada. A corporação afirma que não tem um balanço de desabrigados e desalojados já que as prefeituras dos municípios atingidos ainda não informaram esses dados.