Por causa de um registro errado feito pelo órgão responsável pela fiscalização de trânsito no Distrito Federal (DFtrans), um carro zero km, comprado pela professora Juliana Crispim em fevereiro deste ano, foi retirado da concessionária já com uma multa.
A confusão começou quando a professora não recebeu o documento do veículo. Ela foi ao Procon e descobriu que o problema era uma infração de 2004, no valor de R$ 488, aplicada por transporte pirata no Gama, a cerca de 40 Km de Brasília.
Durante seis meses, Juliana pagou as prestações do carro, mas o veículo ficou parado na garagem por falta de documento. ?Era um sonho que virou pesadelo. Porque comprei um carro para poder sair, ir para o cursinho e trabalhar. Mas o carro ficou parado e eu tendo que andar de ônibus?, desabafa Juliana.
Ela entrou com uma ação na Justiça. Em nota, o Detran admitiu o erro. O departamento disse que a multa foi aplicada pelo DFtrans, que trocou as placas na hora de cadastrar a notificação.
?A placa que deveria ter recebido a multa tinha outra numeração. A gente pode afirmar que é isso é lógico, pois a placa do veículo dela, em tese, é nova?, diz o advogado da professora, Ferreira Neto.
O problema já foi resolvido e a multa foi retirada. Mas o transtorno Juliana diz que não vai esquecer nunca. ?E o tempo que o carro ficou parado, durante seis meses, enquanto eu pagava a prestação do carro, seguro e advogado. Essa situação foi um transtorno para mim. Não é só pedir desculpa e pronto?, fala Juliana.
O DFtrans informou que o carro que deveria ter sido multado por causa do transporte pirata estava com a placa adulterada e que, por isso, o registro ficou errado.