Em uma viagem futurística que parece uma produção da Marvel, Carlos César dá vida ao universo do livro digital "O Manifesto do Fim do Mundo". A produção, com lançamento marcado para o dia 18 de maio, em um café da zona Leste de Teresina, conta com 460 páginas da mais pura criatividade do artista visual.
Em uma cidade gêmea de Piripiri, a população se recupera de uma pandemia terrível em meio ao surgimento de organizações nazistas. "O Manifesto do Fim do Mundo" é a continuação do primeiro volume da série, o intitulado "A Sociedade do Através", lançado em 2019.
Em entrevista para o Meio Norte, Carlos César revela detalhes da produção.
"O livro é a continuação direta do 'A sociedade do Através', que conta a história de Cristina atrás de sua amiga e tendo como obstáculos as criaturas da lenda piauiense como Cabeça de cuia e Num Se Pode. Desta vez a narrativa é inspirada nas histórias de interior, e por isso que num dado primeiro momento da história a obra se passa em Piripiri e só depois retorna para Teresina, conservando os seres da cultura local e dando uma roupagem "moderna" a ela", aponta.
A proposta de Carlos César é criar um universo que proporcione identificação com o piauiense.
"A identificação da cidade com a narrativa é bem direta. São situações e lendas do folclore transformados e atrelados a uma história de ficção científica. DIferente do primeiro livro, este segundo é mais objetivo e menos metafórico. As situações sociais e os acontecimentos dentro da cidadezinha ao lado de Piripiri são os "monstros" dessa vez. O Através passa a ter uma perspectiva de que os nosso vizinhos podem ser "as situações atravessadas ou esquisitas" da nossa vida, não somente o teor mágico como pelo qual a Cristina passou na obra 1", revela.
Mais volumes da história devem vir por aí, que por enquanto permanece no formato virtual.
"Foi trilhado uma jornada de sete livros para a coleção, sendo este o segundo. Todas as futuras obras abordarão o Piaui sob diversos olhares, social e cultural, e terão um final apoteótico para os protagonistas e novos personagens da série. De primeiro eu espero que a série ganhe cada vez mais fãs. O livro um já chegou a entrar nos charts de livros da Amazon e teve um grande alcance estadual, sendo adotado inclusive por uma escola particular como livro de leitura obrigatória. Ter a adaptação cinematográfica iria superar qualquer expectativa que eu tenho, já que sempre enfatizei que as nossas histórias, as histórias piauienses, tem tanta força quanto as histórias sulistas, e merecem visibilidade. Espero que algum dia o livro possa alcançar ares nacionais e quem sabe... Internacionais", finaliza.