O conservador Partido Islâmico da Malásia (PAS) exigiu nesta quarta-feira, 21, ao Governo que proíba que a cantora americana Rihanna, de 20 anos, faça show no país, alegando que a artista é "sexy demais". O PAS também denunciou que a arrecadação do evento permitirá que dinheiro do país vá para as mãos dos organizadores dos Estados Unidos, nação que apóia a intervenção militar de Israel na Faixa de Gaza .
"Rihanna saiba ou não, os impostos que paga também contribuem para financiar a guerra em Gaza", disse Mohammed Kamaruzaman, dirigente desse partido conservador da Malásia, país de maioria muçulmana moderada. Kamaruzaman disse que o show é um "insulto" aos valores tradicionais asiáticos, porque a cantora sempre se veste e dança de forma excessivamente sensual e provocativa.
Os organizadores do evento comunicaram que Rihanna aceitou cumprir as estritas normas exigidas no país para espetáculos ao vivo. Segundo as normas, artistas devem cobrir seus corpos do peito até o joelho e não podem pular, abraçar uns aos outros ou jogar beijos ou objetos ao público.
Relembre outros casos
Em outros casos envolvendo artistas americanas, Gwen Stefani teve que acatar as regras e usar um vestido mais conservador que o habitual,enquanto Beyoncé se negou a isso e suspendeu seu show previsto para Kuala Lumpur.
Nas regiões da Malásia onde o PAS governa, as mulheres muçulmanas são proibidas de pintar os lábios ou de usar sapatos com saltos durante o trabalho. Fora do escritório, devem cobrir o pescoço e a cabeça com lenços ou cachecóis.