A música de Nádia Figueiredo pode ser classificada como transcendental. Com um som que mistura ritmos e línguas diferentes, a cantora da Barra conquista fãs de várias nacionalidades e já assinou contrato para divulgar suas músicas do outro lado do mundo.
Nascida em Minas, Nádia tem a música como grande companheira desde a infância. Fez cursos e concursos, especializou-se em música clássica e se tornou soprano. Mas não estava satisfeita.
? Meu objetivo era tornar a ópera um gênero mais popular, que as pessoas pudessem ouvir num barzinho ou no carro, por exemplo ? diz.
Foi assim que, em 2010, criou o ?Opera Lounge Music?. O projeto, composto por canções inspiradas em diversas culturas, mistura estilos musicais, poetas e compositores.
Para compor uma canção, Nádia busca referências de todos os lugares: só para as primeiras faixas de seu projeto, teve aulas de latim, francês, hebraico, inglês, espanhol, italiano e esperanto. Para a próxima, está afiando o russo.
? Vou gravar uma música de Joel Spielgeman, um pianista americano. Escrevi a letra em português, passei para o inglês e enviei para ele, que vai traduzi-la para o russo. Daí, é só treinar o sotaque. Cada música é uma homenagem a um país ou cultura. Estudo muito os costumes de cada povo. Quero fazer uma homenagem bonita, fiel à história deles, e com o mínimo de sotaque possível ? diz Nádia.
Seu esforço começa a dar resultado. Este ano, ela gravou trilhas incidentais para a novela ?Amor à vida?, da Rede Globo, na qual também fez participação. E, recentemente, assinou contrato com a Fisher Group, uma das maiores distribuidoras de música da Coreia do Sul. O CD deve ficar pronto até outubro:
? Quero que minha música transcenda barreiras.