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Brasileiras usam pílula anticoncepcional contra TPM e para evitar filhos

48% das mulheres dizem ter sentido melhora no comportamento depois do uso

Na hora de escolher a pílula anticoncepcional, as brasileiras se preocupam não somente em evitar a gravidez, mais em ter um medicamento que possa diminuir os sintomas da TPM (tensão pré-menstrual), as cólicas e espinhas. Essa é a constatação da pesquisa nomeada Pílula por quê?, realizada pelo departamento de Ginecologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em parceira com a farmacêutica Bayer.

A pesquisa avaliou a opinião de 4.089 mulheres que tomam pílula, por meio de um levantamento online. Destas, 48% afirmaram que a melhora da TPM, das cólicas e da acne foram motivos que levaram a escolher a pílula que iam tomar.

Quando questionadas sobre a principal mudança que o uso do remédio trouxe a vida delas, 54% afirmaram que foi o alívio da tensão pré-menstrual e o aumento da qualidade de vida. Apenas sua eficácia, a necessidade primordial, tem mais audiência: é esperada por 61% do público pesquisado.

Em segundo lugar, ficou a liberdade sexual (42%) e, em terceiro, a melhora da oleosidade da pele e dos cabelos, com redução da acne (40%). O planejamento familiar (22%) e da carreira profissional (13%) ficaram em quarto e quinto lugar, respectivamente.

Menos fluxo e pausa entre cartelas

A criação de um contraceptivo oral que diminuísse o fluxo menstrual seria encarada como uma inovação positiva por 30% das mulheres e a presença de vitaminas em sua composição ficou com a preferência de 22% das pesquisadas.

A pausa entre cartelas, necessária para haver eliminação de fluxo menstrual também poderia ser abolida para 72% das mulheres que participaram do estudo.

Esse intervalo entre uma cartela e outra, considerado desnecessário para muitos ginecologistas, inclusive para o autor do estudo Afonso Nazário, chefe do Departamento de Ginecologia da Unifesp, mostra que a mulher brasileira está mais informada.

- Isso mostra que a mulher está mais bem informada hoje, que há uma ação educativa do ginecologista.

Segundo Nazário, além de desnecessária, a pausa pode ser perigosa.

- Nessa fase, quando se deixa de tomar a pílula e opta por outros métodos, aumenta o risco de ficar desprotegida e engravidar.