Em 2003, aos 21 anos, a escritora francesa Lolita Pille chocou a sociedade europeia com o lançamento de seu primeiro livro, Hell Paris 75016. Na obra polêmica, que virou sucesso de vendas no mundo todo, Lolita narrava - usando um alterego - o estilo de vida de jovens parisienses ricos, que usavam seu tempo livre - e o dinheiro sobrando - para consumir drogas, se embebedar em boates, fazer compras em lojas caríssimas e transar como quem troca de roupa.
Esse universo chegará ao Brasil, em outubro, pelas mãos de Bárbara Paz, a Renata da novela Viver a Vida. A atriz comprou há três anos os direitos para montar a peça no Brasil.
- É uma peça com tema muito pesado. Parece até uma coincidência com a minha personagem na novela, que no início vivia bêbada para se manter magra, mas não é. Eu tenho os direitos da peça há três anos. Mas só agora, com o fim de Viver a Vida, resolvi montá-la.
No espetáculo, que será chamado por aqui de Hell Paris, Bárbara será a protagonista, que é drogada, bêbada e cínica e que despreza quem não é rica como ela nem tem seu tresloucado estilo de vida.
- Além de mim, teremos um ator no palco, fazendo par com a Lolita. Ainda não defini quem vai contracenar comigo.
Hell Paris terá direção do cineasta Hector Babenco, marido da atriz, que assina também a produção executiva. A estreia está marcada para outubro no Teatro do Sesi, em São Paulo. Em 2011, deve chegar ao Rio.
Enquanto a peça não estreia, Bárbara vai aproveitar o fim das gravações da novela, na próxima quinta-feira (13), para descansar e paparicar o marido. Ela embarca para Cannes, na França, onde Hector será homenageado pelo filme O Beijo da Mulher Aranha, de 1985, no prestigiado festival de cinema da cidade.
- Meu marido será o único homenageado vivo desta edição do Festival de Cinema de Cannes. Os outros dois serão Alfred Hitchcock e Jean Renoir. Depois da mostra, vamos a Paris. Ao todo serão 20 dias na Europa. Depois da maratona de gravações da novela, mereço esse descanso.