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Autores sugerem livros para ler em 2019

Livros de autores piauienses foram indicados

É inegável a importância da leitura para o desenvolvimento e formação do homem. Ler é uma atividade, que além de conhecimento, é prazerosa, e uma coisa é certa, o ato de ler sempre estará em alta. Encontrar um bom livro é um achado e, na literatura brasileira, o leitor não pode reclamar da qualidade do conteúdo produzido, seja em crônica, romance, contos, ficção, história.

O escritor Francisco Miguel de Moura, membro da Academia Piauiense de Letras, sugere alguns títulos recentes que devem ser lidos neste ano, como Poesia (in) Completa, de Francisco Miguel de Moura, lançado pela Academia Piauiense de Letras, em 2016; e Contos Selecionados, de José Ribamar Garcia 2017.

Pesquisadora da literatura brasileira, professora Algemira Macedo, da Universidade Estadual do Piauí, indica os livros “Hibisco Roxo”, da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, e a obra “Tropical sol da liberdade”, de Ana Maria Machado. “São obras que nos levam a refletir como um sujeito feminino pós-moderno expõe as questões do que é ser mulher dentro dos preceitos patriarcais ocidentais”, comenta Algemira.

A contadora de histórias e escritora Márcia Evelin é conhecida do público piauiense e trabalha especialmente com a literatura infantil, e como dica de leitura, ela diz que não pode ser diferente. “Vou indicar os livros ‘O Boi do Piauí’ e ‘O Segredo da Chita Voadora’, de minha autoria e editados pela editora Nova Aliança”, explica.

Em ‘O Boi do Piauí’, publicado em 2015, a escritora valoriza a cultura popular através da manifestação cultural do bumba-meu-boi. “Trata-se de um livro musical, já que a narrativa é intercalada com canções de boi, para ser lido, cantado, contado e brincado. As ilustrações são de Lu Rebordosa e Danilo Grillo”, informa.

Já ‘O Segredo da Chita Voadora’, lançado em 2017, é uma história de encantamento que enaltece a beleza da mulher negra e o tecido chita, com belas ilustrações de Ângela Rego.

Estudioso e leitor voraz, Frei Leandro destaca “Traga-me o Espadachim”, de Eneas Barros. “É um grande escritor que traz uma obra muito importante e retrata o contexto da Inglaterra e, sobretudo, Henrique VIII, todo, desenrolar de sua vida. ‘Traga-me o Espadachim’ é indicado para leitura nas escolas para Ensino Médio, e mesmo na UFPI. Estou com este livro e me falta uma leitura completa para fazer uma resenha crítica”, ressalta. O frei também indica ‘Crônicas de um Franly Brasileiro’, sobre o tempo em que morou em São Paulo. “É um retrato da metrópole com suas mazelas, do cotidiano, das pessoas que vivem nas ruas, nas praças, sensações da realidade”. Citado por escritores, Eneas Barros sugere aos leitores os romances “Traga-me o Espadachim!”, lançado em agosto de 2018, por conter uma história palpitante que inicia na época da Dinastia Tudor, no Reino Unido, e segue até Portugal do século XVIII, e conta a história do livro que ajudou Henrique VIII a se separar de Catarina de Aragão e a fundar a Igreja Anglicana. Outra indicação é “O escravo e o senhor da Parnahiba”, que conta a saga da família de Simplício Dias da Silva e que foi vencedor do “Concurso H. Dobal de Livros Publicados”, em 2017, promovido pela Academia Piauiense de Letras.

“Outros dois livros que indicaria são: “Mandu Ladino”, de Anfrísio Neto, por ser uma das histórias mais palpitantes que já li sobre os primórdios da ocupação do território piauiense; e o livro “Crispim, rios de desesperança”, de Pádua Carvalho, por representar muito bem Teresina em meados do século XX, com seus costumes e suas crendices, humanizando a lenda do Cabeça de Cuia.

A escritora Lisete Napoleão Medeiros tem relação de amor com a literatura piauiense e sugere os títulos “Crispim”, de Pádua Carvalho; o romance “Traga-me o Espadachim” e a produção infantil de Márcia Evelin. “Temos enorme carência de pessoas que escrevam para o público infantil”, ressalta. (I.C.)