Julia Gillard tornou-se nesta quarta-feira (23) a primeira mulher premiê da Austrália, depois da renúncia de Kevin Rudd pouco antes de uma votação para escolher o novo líder do Partido Trabalhista.
Gillard havia desafiado a liderança de Rudd na véspera. Integrantes insatisfeitos do partido apoiaram-na, com medo de que os trabalhistas perdessem a liderança nas próximas eleições, de outubro.
Mas ele acabou renunciando antes mesmo de que a votação chegasse a se consumar.
A vice-premiê Julia Gillard e o premiê Kevin Rudd em 3 de dezembro de 2007, na primeira reunião de seu gabinete, em Camberra.A vice-premiê Julia Gillard e o premiê Kevin Rudd em 3 de dezembro de 2007, na primeira reunião de seu gabinete, em Camberra. (Foto: AP)
Desde abril, as pesquisas de opinião mostra queda no apoio ao governo, depois de uma série de medidas impopulares de Rudd.
Entre elas, estava o adiamento de uma proposta de troca de carbono e a incapacidade de explicar um controverso imposto sobre o setor da mineração, o que irritou os eleitores. Segundo a oposição, a taxa iria afugentar cerca de US$ 20 bilhões em investimentos no país.
O atual secretário de Tesouro, Wayne Swan, vai ocupar a vaga de vice-premiê.
Agora, o Partido Trabalhista precisa decidir quando vai ocorrer a transmissão de poder.
Gillard, de 48 anos, é uma das integrantes mais populares do governo, tanto no parlamento como na opinião pública.
Nascida no País de Gales, ela migrou para a Austrália com a família, quando tinha 4 anos. Formou-se em direito antes de entrar para a política.
Analistas a consideram mais sensível às opiniões do eleitorado.