Uma mocinha é pouco. Nathalia Dill também pode encarnar um personagem masculino e convencer. Aos 25 anos, a atriz ganha destaque ao interpretar dois papéis ao mesmo tempo em Cordel Encantado, trama das seis da Globo escrita por Thelma Guedes e Duca Rachid. Além da doce Doralice, apaixonada por Jesuíno (Cauã Reymond), ela também abre mão da vaidade sem medo no disfarce do cangaceiro Fubá, tudo para ficar mais próxima de seu amado na história.
Mas isso não basta. Nathalia deixou para trás ao menos cinco atrizes de sua geração e faturou o papel da protagonista Erika no filme Paraísos Artificiais, de Marcos Prado, que fala sobre o universo das raves e das drogas e tem previsão de estreia para janeiro de 2012.
"Meu caminho inclui muitos cursos e dedicação. Foram surgindo testes. Em alguns, passei e em outros, não. Mas nunca me deixei abater. No princípio, não era tão legal, mas me dei uma chance de tentar ser melhor", analisa a jovem, que está em sua quarta novela e sonha estrelar uma produção das 21h.
"Batalho muito para conseguir uma novela das nove. Mas sei que tudo tem seu tempo. Não tenho do que reclamar. Emendei Malhação, duas novelas seguidas, teatro e filmes. Estou tranquila", minimiza ela, que pode ser vista nos longas Feliz Natal, de Selton Mello, e Apenas o Fim, de Matheus Souza, ambos de 2008.
Na TV, Nathalia comemora a repercussão do cangaceiro Fubá nas ruas, papel que mostra a versatilidade da atriz, em uma versão bem masculinizada. "Me esforcei para que não ficasse caricato, e acho que tem dado certo. Muita gente está torcendo para a Dora e o Jesuíno", entrega ela, que, na pele de Fubá, será atingida por um tiro em uma batalha entre os cangaceiros e a polícia de Brogodó.
A cena será exibida na próxima quarta-feira, dia 22, e promete grandes emoções e revelações. Jesuíno descobrirá a verdadeira identidade do companheiro Fubá e o príncipe Felipe (Jayme Matarazzo) perceberá que ama a amiga Dora. O casal repete a parceria de sucesso de Escrito nas Estrelas.
A química entre os dois é boa? "Não gosto dessa expressão. Acho que o fato de já nos conhecermos nos dá mais intimidade nas cenas, deixa tudo mais interessante. Sem dúvida, é bom reencontrá-lo", resume a atriz, que aponta Jayme Matarazzo como colega de trabalho. "Não saímos juntos, cada um tem a sua vida, é uma relação normal como com qualquer outro colega", sai na defensiva. Namorada do músico Vitor Paiva, baixista da banda Outros, ela se limita a dizer que a vida amorosa vai muito bem, obrigada.
Drama de amor entre música eletrônica e drogas
Se na novela Nathalia aparece em duas versões - Dora e Fubá -, no cinema a atriz será a moderna Érika, que vive um triângulo amoroso com Luca Bianchi e Livia de Bueno. Como pano de fundo, o universo da música eletrônica, com raves e consumo de drogas.
Paraísos Artificiais tem produção de José Padilha, preparação de elenco de Fátima Toledo e direção de Marcos Prado, todos de Tropa de Elite.
"Não é uma comédia romântica. É um drama de amor que mostra o consumo de drogas que são vendidas por jovens de classe média", adianta o diretor Marcos Prado.