Chão é o livro de estreia da atriz Juliane Araújo. A carioca de 30 anos, tendo atuado em 8 novelas e estando no ar em Êta mundo bom!, decidiu que era o momento de mostrar ao mundo sua verve poética. Segundo ela, “assumi o compromisso de ser nada e narrar a vida com o espanto dos que nasceram há pouco. Chão é poesia de natureza e a gente nunca sabe como ela acontece. Uma literatura sinestésica e viva que fisga, sem compromisso, e que tá sempre começando de novo. Sempre se nascendo”. O livro, completa, “é um convite cheio de imagens para o mundo de dentro. Um espelho. Uma flecha. Uma investigação de si. Chão é um livro de poesias e, como tem que ser, carrega o arrebatamento que só os poetas e as crianças preservam. É escrita de aterrar, que conhece bem a hora do próprio voo”.
Juliane Araujo, artista da expressão, nasceu no Rio de Janeiro. Tem fome de vida e das coisas todas, e uma existência poética que traduz na palavra um desconhecimento habitável. Atriz, começou a fazer teatro ainda criança. A escrita, descobriu bem mais tarde, como pesquisa, e escrever se tornou instrumento para criação de seus personagens, mas logo percebeu que o processo derramava para outra relação com a palavra. Narrativas de um particular universal, cotidianos, paisagens, objetos domésticos e até a gramática que se descomprometem da forma. Juliane acredita que os escritos funcionam como espelho, combustível para a apropriação de suas narrativas.