Grupos de teatro, dança, músicos, humoristas locais e nacionais têm relação de amor com o Theatro 4 de Setembro, que comemora 125 anos, com uma programação especial que termina nesta quarta, dia 4, às 20h, com a entrega do Troféu 125 Anos Do Teatro 04 De Setembro – Ano Assaí Campelo. A noite também tem a apresentação da comédia musical “O Som e a Sílaba”, dirigida por Miguel Falabella e com atuação de Alessandra Maestrine E Mirna Rubim. O dia também reserva a exposição de Grafitagem, ao meio-dia, e exibição do documentário Labcine + Debate Com Personagens. Às 21h30, Baile com Orquestra Tamoio.
A programação começou no domingo, na Galeria de Artes Nonato Oliveira, no teatro e na Sala Procópio Ferreira, com exibição de filme e cine debate. Além disso, haverá show musical, lançamento do Setembro Amarelo e show de humor com Amauri Jucá.
Ontem, a maior casa de espetáculos do Estado recebeu Dorothy, de Roberto Muniz Dias, na Sala Procópio Ferreira e também a apresentação de dança Bonito Pra Chover, com alunos da Escola Estadual de Dança Lenir Argento, sob a direção de Datan Izaká.
Hoje, o público pode conferir Baderna do Dragão, com texto e criação de Franklin Pires, vai abrir a programação às 15 horas, no Theatro 4 de Setembro. Às 18 horas, o Teatro Torquato Neto recebe o Monólogo Ritha, interpretado por Carlos Anchieta. Às 21 horas, a programação será encerrada com show do projeto Boca da Noite, com a banda Cochá.
O coordenador do Theatro 4 de setembro, João Vasconcelos, destaca a importância do evento. “Hoje o teatro vive um momento diferenciado, onde atende em toda sua totalidade, com equipamentos de ponta e uma equipe de referência. É uma data muito importante para o Piauí. Nossa programação tem início no domingo, com lançamento do Setembro Amarelo e segue até dia 4, sempre com atividades de qualidade e gratuitas”, explica.
O escritor José Murilo de Carvalho, professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, também participou das comemorações do 4 de Setembro. Autor do livro Jovita Alves Feitosa: Voluntária da Pátria, Voluntária da Morte, texto encenado por grupos de teatro e que traz a história da cearense Jovita que, aos 17 anos, decidiu alistar-se para lutar na Guerra do Paraguai, vestindo-se de homem. Seu desejo era ir a campo vingar as mulheres brasileiras maltratadas pelos paraguaios no Mato Grosso.
Descoberto o disfarce, Jovita foi, ainda assim, aceita como voluntária pelo presidente da província, no posto de segundo-sargento. Transformada em celebridade do dia para a noite, fez um percurso triunfal de Teresina ao Rio de Janeiro. Mas, por fim, a Secretaria da Guerra recusou sua incorporação como combatente: às mulheres cabia somente o trabalho voluntário como enfermeiras.