Idealizado pela bailarina e coreógrafa Luzia Amélia, o Projeto Liberdade, usa a dança como instrumento de transformação das mulheres afrodescendentes em situação carcerária, em Teresina. O projeto virou documentário, assinado por Sérgio Caddah, e a pré-estreia acontece nesta sexta-feira (26), a partir das 18 horas, no Teatro Torquato Neto. A entrada é gratuita.
Atualmente, a maioria das mulheres privadas de liberdade são negras. O Brasil é um dos maiores representantes do processo de encarceramento em massa no mundo, e o quarto país com maior número de pessoas presas.
Entre os anos 2000 e 2016 o país teve um relevante aumento de 157% da população carcerária, com elevação de cerca de 700% da população feminina presa. Em âmbito nacional, 68% das mulheres encarceradas são negras, ainda não tiveram julgamento, muitas são presas provisórias e 50% são jovens e não concluíram o ensino médio.
A primeira fase do curta documentário acontece no entrelace de duas áreas que, embora sejam distintas, convergem no objeto de criação, o corpo dessas mulheres: a dança e o cinema que atuarão como mediadoras entre as reeducandas e a sociedade.
O Projeto Liberdade tem apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura – Secult, do Sistema Estadual de Incentivo à Cultura – SIEC e da Secretaria de Estado da Justiça – Sejus.