Roney Lira é natural de Gaudalupe, mas há 22 anos mora em Recife, capital pernambucana. Ele, que desde cedo foi um apaixonado pela arte, é através da pintura que mantém viva a memória afetiva de sua terra natal e consegue através das telas expressar-se da melhor forma.
São figurativos que mostram paisagens diversas e o cotidiano é uma das fontes de inspiração deste piauiense que vem produzindo e vendendo seu trabalho onde mora. “Eu nunca fiz curso. Posso dizer que é dom. Tenho histórico de familiares, alguns pintores na família famosos aqui em Recife e Olinda. Fui adquirindo isso desde a infância. Há dois anos resolvi realmente divulgar meu trabalho em tela painel e o resultado tem sido bom”, diz o artista.
Ele conta que trabalha muito por encomenda. Como é corretor de imóveis há 11 anos, isso de certa forma tem facilitado a venda das telas para seus clientes e deixado animado para estar sempre produzindo algo novo. “Como esse meu estilo de pintar foi tendo êxito, a pedido do público, resolvi expor! Estou com duas exposições marcadas na região metropolitana do Recife no próximo mês. Vendo pelas redes sociais, no trabalho e no meu bairro onde faço artes”.
O artista, que se diz apaixonado pelo que faz e conta que adora registrar passagens reais, imaginárias, imagens abstratas. A aquarela faz parte da sua paixão. De forma leve ele vai dando destaque ao seu talento e tornando a pintura algo muito próxima do seu cotidiano. “Minha inspiração é por admirar esse talento que Deus deu ao homem de transferir uma imagem real ou imaginária para uma folha de papel quadro com técnicas maravilhosas. Amo desenhar e criar. Eu me lembro que aos 10 anos eu tinha um colega chamado Idelberto, no município de Guadalupe-PI, e muitas vezes a gente desenhava naves espaciais. Depois fui desenhando outras coisas e pintando também, mas somente aos 38 anos resolvi pintar novamente”, relembra, destacando que foi só a partir daí que ele se descobriu realmente na arte, dessa vez em quadros e telas.
“A princípio pensei em fazer cursos para aprender algumas técnicas, mas acabei desistindo da ideia. E para minha surpresa, arrisquei pintar somente como que já sabia, no que acabou dando certo e descobri que tinha esse talento do qual hoje faço por amor e agora como um meio de aumentar a renda”, diz.
E depois de tanto tempo em terras pernambucanas, ele espera poder também levar suas telas ao Piauí. Já está em seus planos expor no seu estado o que espera fazer muito em breve. “Estou tentando realizar a minha primeira exposição no Piauí em julho próximo. Tenho pedidos de pessoas em Guadalupe e em Teresina. Tanto em uma como na outra conquistei fãs”. Para a exposição, ele pretende trazer entre 20 e 30 telas. (Por Liliane Pedrosa)