A mistura de arte com a linguagem das mídias sociais aumentou em 60% a visitação ao Museu Nacional de Belas Artes (MNBA). A exposição Hashtags da Arte selecionou 40 obras do acervo do museu e marcou cada uma delas com adesivos com palavras-chave usadas em aplicativos (Instagram, Twitter, Facebook) misturadas às descrições das obras. O método despertou a curiosidade dos jovens pela arte.
A exposição foi inaugurada em abril deste ano. Em maio, recebeu 7.188 visitantes contra 4.473 no mesmo período do ano anterior. O sucesso de público levou a direção do MNBA a estender a exposição até fevereiro de 2020.
“As pessoas realmente estão gostando muito, vendo como uma coisa leve, divertida. Isso é muito importante para a gente, para o marketing do Museu de Belas Artes. Nesse sentido, a campanha Hashtags da Arte está bastante vitoriosa”, disse à Agência Brasil o assessor de Comunicação Social do MNBA, Nelson Moreira.
Parceria
A campanha Hashtags da Arte foi criada pela agência de publicidade NBS. De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), apenas 15,5% da população do país visitaram museus nos últimos anos. Em contrapartida, o brasileiro é o segundo povo mais conectado do mundo à internet, depois dos chineses, de acordo com dados da consultoria O
Exposição Hashtags da Arte, no Museu Nacional de Belas Artes, usa palavras-chave da internet em obras do acervo para engajar o público nas redes sociais.
Exposição Hashtags da Arte, no Museu Nacional de Belas Artes, usa palavras-chave da internet em obras do acervo para engajar o público nas redes sociais. - Fernando Frazão/Agência Brasil
O assessor do MNBA afirmou que a exposição cumpriu sua missão de atrair um público novo, formado por jovens cada vez mais conectados às redes sociais.
Um exemplo é o quadro datado de 1817 que mostra Dom João VI posando com seu traje bordado a ouro, que ganhou as hashtags #lookdodia, #reidocamarote e #ostentação, entre outras.
"Esse era o objetivo desse esforço. O que a gente nota é que o público jovem continua afluindo em grande número. Isso é muito bom para a gente, porque uma das principais metas de um museu é realmente não só manter o público, mas também procurar a renovação desse público. Isso, para a gente, encaixou como uma luva nesse esforço da diretora Mônica Xexéu", comentou Moreira.
Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil