A 5ª edição do JUNTA - Festival Internacional de Dança será realizada no período de 14 a 17 de novembro, em Teresina (PI). Além de parte da programação gratuita, o JUNTA oferece residências abertas ao público com artistas que apresentarão espetáculos durante o festival.
A House of Amu’a, do Distrito Federal, vai apresentar uma Batalha de Vogue com os participantes da oficina de voguing. E o grupo piauiense Original Bomber Crew propõe uma cocriação com os seus residentes, que resultará na ação de rua Suspeito.
As inscrições podem ser feitas até o dia 9 de novembro. Serão preenchidas 15 vagas para cada residência, por ordem de inscrição. A residência Bomber Crew será ministrada nos dias 11, 12 e 13 de novembro, na Escola Técnica Estadual de Teatro Gomes Campos, e a oficina de voguing nos dias 14 e 15 de novembro, na Escola Estadual de Dança Lenir Argento.
A oficina de voguing abordará aspectos teóricos e práticos da cultura ballroom, integrando a história das primeiras casas de voguing com as pessoas pioneiras nessa construção. Enquanto estética de dança, passará por seis elementos: hands performance, catwalk, duckwalk, floor performance, spin e dip. No decorrer da residência será trabalhada uma coreografia para melhor compreensão desses elementos, bem como a introdução da personalidade e da criatividade de cada um em sua performance. Durante a Batalha de Vogue (ou Mini-Ball), os integrantes da oficina poderão explorar com maior dinamicidade o que for estudado na oficina.
A residência Bomber Crew propõe falar da metodologia da Original Bomber Crew, uma das crews mais antigas de Teresina ainda em atuação. “Vamos falar das maneiras de criação que a Original Bomber Crew desenvolve a partir da ideia do flavour, do feeling e do flow, que são bases para um BBoy e uma BGirl criarem seus personagens, seus movimentos de dança”, explica Allexandre Santos, integrante do grupo.
Ao final da residência, será proposta uma ação de rua, a ação de rua Suspeito, com performance dos artistas da Original Bomber Crew e dos participantes da residência. O espetáculo trata de corpos marginalizados na sociedade, corpos “suspeitos”. “A ideia é trazer o cotidiano do jovem brasileiro de periferia e desses lugares ‘estranhos’. É uma forma de questionar isso e trazer outra relação com as pessoas, de como elas se veem pela sua cor, pelo gênero ou seu estilo de roupa”, comenta Allexandre Santos.
Para César Costa, criador e intérprete do trabalho, Suspeito “é uma pesquisa que investiga justamente o estereótipo do corpo suspeito, o que ele pode representar. Acredito que essa residência será também uma abertura para novos materiais sobre isso”. Inscrições no http://www.juntafestival.com.br/19/news/)