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Aos 89, Lima Duarte atua no filme "A Volta Para Casa"

Curta-metragem é dirigido por Diego Freitas

Filmado durante três dias em São Paulo, o curta-metragem “A Volta Para Casa”, dirigido por Diego Freitas e produzido pela Parakino Filmes, conta a história de Plínio, interpretado por Lima Duarte, um marceneiro aposentado, que atualmente mora em uma humilde casa de repouso. Lá, ele passa boa parte do tempo relembrando seu ofício, criando objetos a partir de pedaços de madeira e encantando a todos com seu jeito dedicado e paixão pelo que faz. Anselmo, vivido por Guilherme Rodio, um dos funcionários da instituição, é um rapaz solitário responsável por cuidar do jardim e garantir um cotidiano mais agradável aos senhores e senhoras dali.

Lima Duarte, um dos maiores atores do país e que conta com mais de 120 trabalhos no currículo, entre TV, cinema e teatro, conta que aceitou fazer o curta depois que se encantou com o roteiro: “Eu gostei muito, achei bonito. Se eu não tivesse gostado, não faria. Porque não há mais nenhuma razão para eu fazer algo se não me agradar pessoalmente e profundamente”, disse o ator. Entre tantos personagens marcantes, Lima Duarte se destacou ao interpretar Zeca Diabo, na novela “O Bem-Amado”; Sinhozinho Malta, em “Roque Santeiro”; Sassá Mutema, em “O Salvador da Pátria”; entre outros. Além de ter sido um dos atores preferidos do cineasta português Manoel de Oliveira, foi premiado no Festival de Havana e em Gramado por sua atuação no longa “Sargento Getúlio”, de Hermanno Penna.

“A Volta Para Casa” está finalizado e, segundo o diretor, deve circular em festivais ao longo do ano: “É um filme muito bonito e sensível e pretendemos passar em diversos festivais. É difícil ver um curta com o Lima Duarte, um ator que já fez tantos trabalhos e é muito conhecido. Ficamos felizes pela importância que ele deu para esse formato, pois o Brasil tem excelência em realizar curtas-metragens, mas hoje em dia esses projetos têm sido desvalorizados. É importante resgatar esse formato, que nos permite experimentar e que nos tira da zona de conforto”, revelou Freitas.