Envolvida em um escândalo sobre um esquema que desviou R$ 58,7 milhões dos cofres públicos do Rio de Janeiro, Deborah Secco se defende por meio de seu advogado.
Segundo a defesa da atriz, ela, a mãe e os irmãos foram usados por Ricardo Pinheiro Secco, pai de Deborah e acabaram envolvidos nesta história. Na última sexta-feira (05), a família veio a público pela primeira vez, para esclarecer sobre as acusações do Ministério Público Estadual, de participação no esquema de desvio de recursos públicos.
Através do advogado Sérgio Tostes, os familiares de Deborah afirmaram não ter conhecimento das contas bancárias para onde foram desviados R$ 894 mil do golpe. O pai da atriz é apontado como responsável pelas operações do esquema e pelos pagamentos.
De acordo com o Ministério Público, dois cheques no valor de R$ 158,1 mil foram depositados na conta pessoal de Deborah Secco. E foram parar na conta da empresa Luz Produções, na qual a atriz detém 99% das ações, R$ 163,7 mil. No total, segundo denuncia o Ministério Público, a atriz, os dois irmãos, os pais e a madrasta receberam R$ 894 mil.
Por decisão da juíza da 3ª Vara de Fazenda Pública, Deborah e sua família estão com os bens bloqueados. O advogado da atriz, Sergio Tostes, afirma que a rotina da família não será alterada.
?Eles não viviam desse dinheiro. É possível que nem tenham aberto essas contas pessoalmente. Deborah é bem casada e não passará por qualquer sufoco?, disse Dr. Tostes ao jornal O Dia.
Mas, pela justiça brasileira, se Deborah e Roger Flres, marido da atriz, tiverem conta conjunta, ele estará na mesma situação da atriz.
Entenda o Caso
Na quinta-feira (4) O Ministério Público denunciou um esquema de desvio de cerca de R$ 410 milhões dos cofres públicos por meio de ONGs e empresas de fachada.
Ao todo, 88 pessoas foram denunciadas em uma ação civil pública movida pelo MP, entre eles o ex-governador Anthony Garotinho, a mulher, Rosinha Garotinho, e Deborah Secco.
A atriz é filha de Ricardo Secco, que vinha sendo investigado pelas relações com a família Garotinho e suspeito de repassar aos beneficiários do esquema de licitações, via organizações não-governamentais, recursos do governo do estado, segundo investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal.