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Saiba porque os homens sentem sono depois do sexo, segundo a ciência

Sue Carter, médica e diretora do Instituto Kinsey para Pesquisa em Sexo, Gênero e Reprodução da Universidade de Indiana, aponta os reais motivos por trás do comportamento

O homem é frequentemente associado a um antigo estereótipo que o retrata como alguém que, após atingir o clímax durante o ato sexual, tende a se virar e adormecer. Esse comportamento, no entanto, pode ter uma explicação biológica e não significa falta de atenção à parceira.  

o que diz a ciência?

Sue Carter, médica e diretora do Instituto Kinsey para Pesquisa em Sexo, Gênero e Reprodução da Universidade de Indiana, aponta que, no momento do orgasmo, ocorre a liberação de diversas substâncias hormonais, como oxitocina, prolactina, ácido gama-aminobutírico e outras endorfinas. Esses elementos contribuem para o estado de sonolência, com a oxitocina tendo um papel essencial nesse processo. A médica afirmou ao Huffpost:

O hormônio, que é liberado durante o orgasmo, está associado à redução do estresse, redução da defensiva e promoção da imobilidade sem medo. Essa é a situação ideal para dormir

A substância em questão influencia diretamente na qualidade do sono. “Ser capaz de ficar deitado quieto à noite e não ficar com o cérebro acelerado e pensando nas coisas que estão te incomodando, ou que você tem que fazer no dia seguinte, é ideal para um descanso de qualidade”, acrescentou a especialista.  

Além disso, acredita-se que a prolactina tenha um papel relevante tanto na indução da sonolência quanto na redução da excitação após a relação sexual. Estudos indicam que indivíduos com maior concentração desse hormônio apresentam maior propensão à sonolência diurna, sugerindo uma conexão entre a substância e a sensação de cansaço.  

Pesquisas realizadas em ambiente laboratorial com participantes de ambos os sexos, analisando tanto a prática do sexo quanto da masturbação, constataram um aumento de 400% na prolactina após o contato sexual em comparação com a masturbação, o que levou os pesquisadores a sugerirem que a primeira experiência pode ser “fisiologicamente mais satisfatória”.  

Há também a hipótese de que a prolactina esteja associada à dificuldade dos homens em manter nova atividade sexual logo após a primeira. Entretanto, estudos mais recentes indicam que essa pode não ser a única explicação para esse fenômeno.

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