A gravidez e o parto naturalmente mudam a maneira como a mulher sente e enxerga o próprio corpo, fazendo com que, muitas vezes, as relações sexuais com o parceiro passem por transformações.
A retomada da intimidade após o período de resguardo pode causar muita ansiedade e gerar dúvidas, portanto, conhecer o que pode mudar no sexo após o parto é importante para evitar medos, frustrações e desencontros com o par.
O que muda no sexo após o parto
1. O primeiro passo é compreender que existe uma grande diferença entre estar pronta para o sexo em termos físicos e em termos emocionais. O tempo necessário para retomar o sexo após o parto pode variar muito de mulher para mulher e uma possível falta de desejo pode estar relacionada a medo de sentir dor, cansaço, descontentamento com o corpo ou simplesmente falta de vontade.
2. Biologicamente, logo após a chegada do bebê, a mulher sofre uma queda brusca nos níveis de estrógeno, que normalmente causa perda de libido, inviabilizando o sexo por um período.
3. Também por causa das alterações hormonais, após o parto a mulher pode perceber um ressecamento maior da vagina e insistir em uma relação sem uso de lubrificantes pode causar grande desconforto e dores. O ideal é ir com calma e experimentar a penetração aos poucos, evitando o contato caso ocorra incômodos.
4. Após a gravidez a mulher ainda pode perceber seu corpo com estrias, quilos extras, mamilos rachados, enfim, mudanças naturais que poderiam afetar a autoestima. Neste momento, contar com a compreensão e até mesmo admiração do parceiro é algo fundamental para superar a fase.
5. Passado o período de amamentação, os níveis de hormônio feminino voltam ao normal e a mulher naturalmente se mostram mais disposta ao sexo. No entanto, a qualidade da relação após o nascimento do filho vai depender muito de como estava a união na cama antes da gravidez.
6. Após o parto será normal a necessidade de agendar as noites de sexo. O tempo que o recém-nascido consome, as exigências da maternidade, o cansaço e as noites mal dormidas obrigarão os casais a estabelecer dias e horários específicos e diferenciados se quiserem manter a rotina sexual.
7. Por fim, o casal deve estar disposto a dialogar no período. A mulher deve ser honesta e dizer ao companheiro como se sente, explicar as mudanças que ocorreram em seu corpo e deixar claro que uma possível ausência de sexo não significa diminuição do amor ou da paixão. O parceiro, em contrapartida, precisa compreender que uma possível diminuição no número de transas é algo passageiro, dar apoio à nova mamãe e respeitar os limites para que as relações sejam retomadas de forma tranquila e natural.