Toda esposa tem o direito de não estar a fim de transar com o marido, assim como, ao contrário, tem o direito de sugerir, fantasiar, realizar os próprios fetiches. Toda mulher tem direito de não gostar de cozinhar, passar, lavar, ou de amar fazer tudo isso, mas só fazer quando achar que vale a pena.
Toda esposa tem o direito de não estar a fim de transar com o marido, assim como, ao contrário, tem o direito de sugerir, fantasiar, realizar os próprios fetiches. Toda mulher tem direito de não gostar de cozinhar, passar, lavar, ou de amar fazer tudo isso, mas só fazer quando achar que vale a pena para si ou para terceiros. De administrar a energia que sobra do seu dia e canalizá-la para o seu apetite sexual, se essa for a sua vontade. Se isso incluir o parceiro ou parceira, bom para os dois. Caso contrário, o prazer solitário é mais que um direito: é amor-próprio.
Toda mulher tem o direito de escolher uma rotina sexual remunerada, como profissão, ou não-remunerada, como opção de vida - uma espécie de trabalho voluntário. Toda mulher tem direito a dar mais que chuchu na serra, seja em sonhos ou no mundo real, seja casada ou solteira, viúva, desquitada, para a mesma pessoa ou para várias, para o marido, o namorado, o amigo, para um conhecido ou um desconhecido, para um cliente, para o mesmo sexo ou diferente cor, conforme os compromissos que assumiu consigo mesma, com algum cartório, com sua consciência e seu travesseiro.
Toda mulher tem o direito de amar. E de se amar
Toda mulher tem direito a ter opinião própria e não ser induzida a agir e pensar mecanicamente. A se vestir mecanicamente. A se comportar feito um robô. Tem o direito de ser o que é e não o que querem que ela seja. Gorda, magra, loira, morena, baixa, alta, negra ou branca, tem o direito de fugir de estereótipos e de dar e receber prazer sexualmente independente de padrões pré-concebidos. Toda mulher tem o direito de amar. E de se amar.
Toda mulher tem o direito de contar com a solidariedade das outras mulheres. Na prática não é muito o que acontece, infelizmente. Se nós, mulheres, soubéssemos calar em vez de caluniar, entender em vez de condenar, aceitar as diferenças em vez de repeli-las, a nos enxergarmos como aliadas em vez de concorrentes, se fôssemos mais unidas, talvez o mundo tivesse menos espaço para as desigualdades entre os sexos e não precisássemos sair queimando sutiãs em praça pública para nos fazer notar. Não podemos andar sem camisa no verão, mas um dia a gente chega lá.
Sexo não é só o que se faz. Sexo é o que se é. E o que a gente conquista. Eu, Verônica Volúpia, pratico o sexo livre. E você?