Adulto

Caio Blat transa com esposa em filme

Maria interpreta Júlia, uma professora de história da arte, que é casada com Zeca

Pela primeira vez juntos no cinema, Maria Ribeiro e Caio Blat - casados na vida real - aparecerão em cenas de sexo na ficção. Eles são os protagonistas de "Histórias de amor duram apenas 90 minutos", de Paulo Halm. O ator conta que o filme é "ousado e arriscado" exatamente por mostrar na ficção a intimidade deles, de marido e mulher, até aqui preservada ao máximo.



- Só tínhamos trabalhado juntos no teatro. Mas nunca demos nem entrevistas juntos, por exemplo, para proteger a nossa privacidade. E, neste longa, a gente se expõe bastante - conta Caio. - Mas ficamos tão alucinados com o roteiro que topamos o risco. E eu acho que o fato de sermos um casal, na vida real, passa muita verdade para o filme. Mas confesso que estou bastante apreensivo.

No longa rodado no ano passado com a Lapa como cenário, Maria interpreta Júlia, uma professora de história da arte, que é casada com Zeca (Caio Blat), escritor que nunca consegue acabar seu romance e vive do dinheiro da mãe. Em crise no casamento, eles se envolvem, ao mesmo tempo, com a bailarina Carol (a atriz argentina Luz Cipriota).

- Ele fica desequilibrado quando acredita que a sua mulher esteja tendo um caso com outra mulher. E imagina elas duas tomando banho, trocando de roupa - diz Caio. - A Maria e a Luz gravaram cenas assim.

Maria também acha que a intimidade do casal ajuda o filme:

- Há cenas em que aparecemos nus, e sequências de sexo. Sei que tudo isso ficou melhor pelo fato de sermos casados. Conseguimos usar nossa intimidade a favor da dramaturgia - diz ela.

No longa, o personagem de Caio também se apaixona por Carol.

- O filme é bem forte - avisa Caio, que se inspirou em Júlia Lemmertz e Alexandre Borges, que fizeram o filme "Um copo de cólera" (de Aluízio Abranches, 1999), em que também apareceram em cenas de sexo, para rodar "Histórias de amor duram apenas 90 minutos". - Fiquei pensando: a Júlia e o Alexandre têm esse registro, que é bem bacana. Por que não fazer?

A estreia será no Festival do Rio, no próximo dia 3, às 21h45m.