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Anticoncepcional para homens deve chegar ao mercado em 2017

Ainda em fase de testes, produto age bloqueando a liberação de espermatozoides na ejaculação

Em três anos, homens poderão dividir com as mulheres a responsabilidade de evitar uma gravidez indesejada por meio de um contraceptivo masculino. O Vasalgel, ainda em fase de testes, promete ser um método similar à vasectomia, porém mais facilmente reversível.

Anticoncepcional masculino: como funciona?


O remédio foi desenvolvido pela organização americana Parsemus Foundation, que não possui fins lucrativos, e é aplicado via injeção. Trata-se de um gel que é inserido nos vasos deferentes (tubo por onde passam os espermatozoides), impedindo que o esperma seja liberado na ejaculação e, assim, evitando a fecundação. Na vasectomia, estes vasos são cortados por meio de intervenção cirúrgica.

A ideia é que uma única aplicação de Vasalgel tenha efeito prolongado, podendo durar meses ou anos. Os fabricantes ainda não conseguiram determinar o período exato de eficácia. No entanto, o RISUG, medicamento indiano no qual o Vasalgel foi inspirado (também em fase de desenvolvimento), tem um funcionamento muito similar e atua no organismo durante 10 anos.
Como é feita e reversão

A ideia é que o procedimento seja facilmente reversível. Se um homem deseja “desbloquear” seus espermatozoides, basta receber outra injeção do gel, que irá expelir o Vasalgel que está bloqueando os vasos deferentes. A vasectomia também pode ser revertida, porém o procedimento é cirúrgico e mais complicado.
Testes

Nos testes feitos com animais, o método conseguiu impedir a fecundação: três babuínos machos receberam a injeção do produto e foram deixados com 10 a 15 fêmeas durante seis meses. Neste período, nenhuma das fêmeas engravidou. No experimento feito com coelhos, que durou 12 meses, a partir da segunda amostra de sêmen, não foram encontrados espermatozoides. Sêmen é o líquido expelido durante a ejaculação masculina, que é constituído por uma mistura de espermatozoides e outros fluidos.
Lançamento

A organização espera, agora, determinar se o método é facilmente reversível e se funciona em humanos, que devem começar a ser testados em 2015. Se tudo correr dentro do esperado, o produto deve chegar ao mercado em 2017.

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