Há 20 anos, o Brasil perdeu um ídolo, mas ganhou uma estrela. Aquela loura de olhos verdes não passava de uma moça simples e aparentemente desprotegida que, aos 21, teve que aprender na marra a lidar com a exposição repentina, após perder o então namorado, Ayrton Senna, na triste manhã de 1º de maio de 1994. Veio do sofrimento, do carinho e da acolhida do público o conforto mais esperado. E também um mundo de oportunidades e cifras. O país passou a conhecer, então, Adriane Galisteu na versão nua (ela posou para a ?Playboy? no ano seguinte), escritora (lançou um livro contando sua história com o piloto de Fórmula 1), atriz e, e o que melhor afirma sabe fazer: apresentar programas.
Orgulho
?Nunca imaginei chegar a tanto, mas não faria nada diferente hoje. Tenho muito orgulho da história de amor que vivi com Ayrton. Ele viverá eternamente dentro de mim e eu serei a eterna ex-namorada dele?, enfatiza Galisteu, fazendo questão de deixar isso bem claro durante um bate-papo com a coluna, em meio às fortes lembranças do último ano em que viveu ao lado do ídolo nacional. A cada pergunta, o nome ?Ayrton? era citado com ênfase por ela. ?Independentemente da minha história de amor, somos todos fãs da trajetória desse grande ídolo, então, faço questão que Vittório, quando tiver entendimento, saiba quem foi Ayrton Senna?, diz, referindo-se ao filho, de 3 anos, que tem com o marido, o empresário Alexandre Iódice.
Saudade
Nesta época do ano, o telefone de Galisteu não para de tocar. Ela foi passar o feriadão com a família no interior de São Paulo, mas levou consigo as lembranças de Senna. ?Ele está sempre vivo na minha vida, não tem jeito! E eu gosto disso. Não é uma coisa que eu carregue como um fardo ou ache um problema. Pelo contrário. Eu carrego com orgulho de ter vivido uma história linda. Mas é claro que nessas épocas eu fico com os nervos à flor da pele. No 1º de maio, principalmente, e no dia 21 de março (data do aniversário de Ayrton) também. Eu faço questão de colocar a foto dele no Instagram, de fazer homenagem...?.
Amor eterno
O papo, por telefone, se desenvolve diante da presença do marido de Galisteu, que nunca se opôs ao passado da mulher. ?Meu marido não tem ciúmes. Quando ele se casou comigo, sabia de tudo isso. Jamais me casaria com um homem que tem ciúmes da minha história?, esclarece a apresentadora, que nunca quis seu nome desvinculado ao do piloto: ?No que depender de mim, ele jamais será esquecido ou desvinculado a mim. Vamos sempre lembrar da memória dele. Ele é absolutamente brilhante e eterno?.
Sem medo das críticas
As críticas (até hoje, ela é alvo delas) de que estaria se aproveitando da situação para ter fama nunca a incomodaram ?Esses comentários nunca chegaram até mim. Não me arrependo em nada da minha história, mas todo mundo tem o direito de achar o que quiser. Não sou uma pessoa que quero que todo mundo goste de mim. Quero que gostem do meu trabalho. Quem não me conhece pode pensar o que quiser, mas quem realmente me conhece, pensa diferente. Sou uma mulher feliz com a vida que eu tenho, com a história que eu vivi. Vim de família muito simples. Eu sou assim e vou continuar assim. O Ayrton também era assim: um cara de hábitos extremamente simples?.