A tentação não é tão grande assim. Mulheres lindas e sensuais garantem. Apesar de as brasileiras terem fama de fogosas, muitas estão há um bom tempo sem ter relações sexuais e levam isso numa boa. Luiza Brunet, há mais de dois anos "quietinha", é uma delas. "Há um pouco de mito sobre esse papo de ter de fazer sexo sempre e quem muito fala, pouco faz. Quando a pessoa faz muita propaganda, quer fugir do preconceito, pois a mulher não pode assumir que não transa e leva uma vida tranquila assim", defende a modelo.
A bela não está no bloco sozinha. Em entrevista recente a, Rita Cadillac, que por muito tempo foi considerada símbolo sexual e já fez até filmes pornô, confessou: "Estou há um ano numa boa sem transar. Está bom sozinha. Sou igual à Coca-Cola, faço só a maior pressão", brincou ela.
E não pense que essa realidade é restrita às mulheres maduras. A polêmica cantora Lady Gaga, 24 anos, aconselhou seus fãs a não fazerem sexo casual. "Você não precisa fazer sexo para se sentir bem... Estou solteira agora e escolhi ficar sozinha. Não fazer sexo não é um problema", disse a popstar. Então quem diz não se aguentar quando fica um ou dois meses "na seca" mente?
A sexóloga Carla Cecarello confirma que o pessoal por aí mais fala do que faz. "O discurso dos brasileiros é liberal, mas o comportamento ainda é considerado bem conservador", afirma. A profissional explica que a falta de desejo sexual só pode ser considerada um problema quando é uma constante na vida da pessoa. "É perfeitamente possível viver sem atividade sexual por um longo período. Essas mulheres canalizam sua libido para outros setores da vida e, no momento oportuno, o desejo volta", explica.
Para Lia Khey, do BBB 10, tudo depende do momento. "Já fiquei seis meses sem sexo. A mulher tem fases. Pode ficar por muito tempo sem fazer nada e em outra época querer todo dia. Mulheres de personalidade forte respeitam suas próprias fases", analisa.
Já a sexóloga e colunista de O DIA Regina Navarro Lins é didática ao falar sobre o tema: "Sexo funciona como a bateria de um carro. Quanto mais ativa é sua vida sexual, mais você quer. Quanto menos faz, menos vai querer". Ela, no entanto, defende uma prática mais assídua. "As pesquisas científicas sobre o tema apontam que uma vida sexual ativa faz bem à saúde física e mental. As pessoas fazem muito menos sexo do que gostariam e com menos qualidade do que poderiam", avalia.