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Popozuda festeja sucesso de clipe e fala de figurino de R$ 100 mil

Roupas usadas pela funkeira em “Beijinho no ombro”, que já foi visto por mais de 3 milhões de pessoas, teve inspiração em Beyoncé: “Minha musa”.

A turma funkeira curtiu de primeira. A turma moderninha caiu de amores em poucos dias. A de patricinhas já canta em alto e bom som o refrão como se fosse um hino. E as crianças bem-nascidas têm em seus iPhones o hit da vez. Em um mês, "Beijinho no ombro" já tem mais de três milhões de visualizações. E todos estes que curtiram alçaram Valesca Popozuda ao posto de musa do verão. "Foi como eu disse, agora virei diva. Só que sou a mesma Valesca de sempre. Quem gosta de mim gosta, quem não gosta, f... E rala sua mandada", dispara ela, recorrendo a um dos versos da música que já virou bordão por aí.

Aliado à letra da música e ao batidão, o figurino ousado de Valesca em seu primeiro clipe também é um chamariz. Orçadas em cerca de R$ 100 mil - o clipe todo custou R$ 437 mil -, as peças contam a história de uma rainha que se divide em quatro. "Nossa fonte de inspiração foram as mulheres medievais e também a série "Game of Thrones", com aquelas roupas de pele, o corte império", explica Marcela Vinhaes, stylist de Valesca e também idealizadora da indumentária empregada na filmagem.

A ordem era não economizar. E Valesca seguiu à risca a orientação. Até no figurino dos bailarinos foi empregado o que havia de melhor. Veludo, renda, couro, pele fake, tecidos brocados, lantejoulas e neoprene. Entre os quatro modelitos usados pela funkeira, o da Rainha da Vitória, como ficou designado o mini vermelho usado com um botão até as coxas, é um dos preferidos da loira. "Quando vi o teaser do clipe, fiquei louca. E pensei: ou vão gostar muito ou vão odiar. Como é tudo o que acontece na minha vida. Mas sabia que, no mínimo, seria muito falado", diz Valesca, que trouxe de Miami, nos Estados Unidos, muitos dos tecidos empregados nas roupas feitas no ateliê Empório Gangadilha, no Rio de Janeiro. "Isso me deu trabalho, porque não foi fácil achar. O tempo todo eu ficava no celular com a Marcela para mostrar as fotos que ia tirando quando encontrava o que ela sugeriu".

Valesca queria mesmo era se sentir como sua musa inspiradora, Beyoncé. "Disso não abria mão. Se for ver direitinho, ali tem umas coisas parecidas com o que ela já usou nos clipes dela também. Acho a Beyoncé linda. É minha musa! Até o dedo mindinho do pé dela, que eu nunca vi, é lindo", derrama-se a cantora, que também bebeu na fonte de Lady Gaga e Kate Perry: "Tem um pouco dessas cantoras pop também".

Afinal, dá para imaginar Lady Gaga sentada em um trono, vestida da cabeça aos pés de branco, e ao redor dela um tigre e uma águia. Pois é exatamente assim que Valesca termina o clipe. E para quem duvidou da coragem da moça, o tigre era de verdade, sim. "Não fiquei com medo algum, ela é supertreinada, e tinha quilos e mais quilos de carne pra devorar. O pessoal até brincava dizendo que não era para eu ficar balançando o pé, que ela poderia ficar nervosa. Imagina! Com aquela comida toda ela iria querer meu pé?", conta ela, que foi até Cotia, no interior de São Paulo, para gravar com os bichos.

Com o sucesso de "Beijinho no ombro", Valesca acredita que fará ainda mais shows do que já está fazendo: 40 por mês. "Estão pintando convites para fazer apresentações no carnaval e acho que a música vai pegar nos blocos", diz ela, que anda espantada com a quantidade de fãs que têm chegado aos shows com beijinhos tatuados no ombro: "Eu até esfrego o dedo para saber se é de verdade mesmo. Quem é "popofã" já sabe o que é beijinho no ombro há muito tempo, é uma expressão antiga no meio do funk. Por isso, brinco dizendo que agora sou diva, mas jamais deixarei de ser funkeira. Nasci e vou morrer assim".

A quantidade de shows e todo o sucesso que tem feito, garante Valesca, ainda não a fizeram uma mulher rica - ela chega a ganhar R$ 45 mil por show. "Posso dizer que estou bem, mas não poderia deixar de trabalhar. Nem deixaria, porque amo o que faço", justifica ela, que hoje cuida da voz como gente grande. "Não sabia, por exemplo, que a saúde do ouvido é importante. Então, hoje tenho fonoaudióloga e professora de canto. Tenho ponto de ouvido. Antes, eu só gritava".

A cantora também não tem gravadora. Nos 11 anos em que está na estrada - quase todos à frente do grupo Gaiola das Popozudas -, Valesca acalenta o sonho de ser representada por um selo. "Poxa, é o desejo de qualquer artista. Isso melhoraria minha distribuição, minha entrada em alguns lugares. Quem diz que não precisa desse suporte está mentindo", avalia ela, que neste início de ano já recebeu propostas de algumas gravadoras. "Em breve teremos novidades", adianta.

Enquanto faz mistério sobre o futuro profissional, no pessoal nada de novidade. Valesca, ao contrário de seu ídolo maior, não tem um Jay-Z para chamar de seu. "Quem me dera ter um daqueles! Não encontro um, mas também agora não teria tempo para viver um romance. Estou focada no trabalho e é isso que me interessa. Beijinho mesmo, só no ombro".


Valesca Popozuda festeja sucesso de clipe e fala de figurino de R$ 100 mil

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