O uso de drogas entre os estudantes de escolas particulares é maior do que o verificado entre alunos da rede pública, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira, pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad).
O levantamento mostra que 13,6% dos alunos de escolas particulares entrevistados declararam ter usado algum tipo de droga no último ano, enquanto o percentual entre alunos de escolas públicas ficou em 9,9%.
A pesquisa foi feita ao longo deste ano com 50.890 estudantes dos ensinos fundamental e médio das redes pública e privada, nas 27 capitais do País. Do total de alunos que participaram do levantamento, 31.280 eram da rede pública e 19.610 da rede particular.
No caso da maconha, por exemplo, o uso por estudantes de 16 a 18 anos de escolas públicas ficou em 7,5%, enquanto 11,7% os alunos de escolas privadas utilizaram a droga nos 365 dias anteriores à data da aplicação do questionário.
Entre os estudantes de 13 a 15 anos, o uso da maconha na escola pública ficou em 2,5%, pouco abaixo dos 2,8% verificados entre alunos da rede particular. Os dados gerais, que incluem todas as faixas etárias, é de 3,7% de uso de maconha entre estudantes da rede pública e 3,9% entre alunos da rede privada.
No caso da cocaína, o quadro é diferente na faixa etária dos 16 aos 18 anos, com uso de 3,8% dos alunos das escolas públicas e 2,5% das escolas privadas. Entre os estudantes de 13 a 15 anos, 1,3% dos que estão em escolas públicas afirmaram ter usado a droga no último ano, enquanto o índice ficou em 0,9% entre os alunos da rede particular. No geral, o uso de cocaína, segundo a pesquisa, é de 2,8% na escola pública e 1,5% na particular.
O uso de álcool e tabaco está fora desses números gerais. No entanto, foi considerado como um tipo de droga o uso de energético misturado com álcool, que ficou em 14,8% entre os estudantes da escola pública e 17,7% entre os alunos da rede particular.