Uma juíza federal norte-americana bloqueou nesta terça-feira (12) a aplicação da lei que proíbe os soldados de revelarem orientação sexual, exigindo do governo a suspensão imediata de qualquer expulsão das Forças Armadas.
Em sua decisão, a juíza distrital Virginia Phillips ordenou ao governo americano que "suspenda e interrompa imediatamente qualquer investigação, demissão, afastamento ou outro procedimento que possa ter começado sob a lei "Don"t Ask, Don"t Tell" (Não pergunte, não diga)".
Os críticos ressaltam que a lei, um acordo de compromisso de 1993 que tentava resolver a questão dos homossexuais nas Forças Armadas, viola os direitos civis dos militares homossexuais e compromete a segurança dos Estados Unidos ao deixar de fora cerca de 14 mil soldados.
A menos de dois meses das eleições de metade de mandato, as pesquisas mostram um grande apoio público ao fim da norma que exige que os membros das Forças Armadas ocultem sua homossexualidade, diante do risco de expulsão.
O Pentágono realiza uma revisão para deixar de lado a norma que terminará no final de dezembro e ajudará a elaboração de novas regras para o serviço militar.
O secretário de Defesa Robert Gates e o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto, deram seu apoio à retirada da proibição.